City Tour – Destino: Belo Horizonte

“Quando tiver uma alegria, procure saboreá-la como se fosse uma sobremesa deliciosa e, para isso, não tenha pressa.” Maria Salette de Assis Silva

Conjunto Urbano da Praça de Liberdade

Hoje vou falar mais um pouco da minha cidade natal, Belo Horizonte. Afinal, temos que valorizar e conhecer onde vivemos, não é mesmo! Hoje mostrarei os pontos turísticos e algumas curiosidades sobre o conjunto urbano da Praça da Liberdade, avenida João Pinheiro e entorno.

A praça da liberdade é um dos melhores passeios para quem visita BH. Foi construída na época da fundação da cidade e mistura vários estilos como: neoclássico (final do século 19), art-déco (década de 40), moderno (década de 50 e 60) e pós-moderno (década de 80). Feita para abrigar a sede do poder executivo mineiro. Em 2010, após a inauguração da Cidade Administrativa e a transferência oficial da sede do governo para a região Norte de Belo Horizonte, foi criado o Circuito Liberdade, transformando os prédios históricos vazios em espaços para a arte, a cultura e a preservação do patrimônio.  

Praça da Liberdade. Foto: Adriana Tenchini
Fonte da Praça da Liberdade. Foto: Adriana Tenchini.
Palácio da Liberdade. Foto: Adriana Tenchini

O Palácio da Liberdade, inaugurado em 1898, foi projetado pelo arquiteto José de Magalhães. A construção reflete a influência do estilo francês na arquitetura da capital, com requintes de acabamento. A escadaria de ferro e estruturas metálicas foram importadas da Bélgica. Destacam-se os jardins em estilo rosal, de Paul Villon; o salão de banquete à Luís XV; as pinturas do Salão Nobre, uma homenagem às artes, e o grande painel de Antônio Parreira. Em 1969, durante a ditadura militar, foi cercado pelas grades de ferro. O Palácio e os jardins estão abertos para visitação nos fins de semana, com entrada gratuita. O agendamento deve ser feito no site www.sympla.com.br/appa [1].

Em 1961 foi inaugurada a biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. A construção é no estilo moderno que se pode observar pelas “ondas sinuosas” que formam o prédio matriz [1].

Nos anos 80, foi construído o Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães que abriga também o Centro de Apoio Turístico. Seu estilo é o pós-moderno e foi projetado por Éolo Maia e Sylvio de Podestá. Recebeu o apelido de “A Rainha da Sucata” devido à mistura de cores e materiais empregados na construção [1].

Museu das Minas e do Metal. Foto: Adriana Tenchini

O Museu das Minas e do Metal foi inaugurado em 22 de março de 2010 com projeto arquitetônico de Paulo Mendes da Rocha e museógrafo de Marcelo Dantas. O espaço tem a proposta de relevar a importância cotidiana e econômicas dos minérios e suas implicações culturais e sociais. São 18 salas em 3 pavimentos, sendo no 1ª e 2º o Museu das Minas e no 3º pavimento, o Museu do Metal [1].

Em 1954 foi construído o Edifício Niemeyer, projetado por Oscar Niemeyer e representando um marco definitivo da arquitetura moderna nacional. É um edifício residencial e possui 8 Andares. O curioso é que de fora se tem a impressão de que tem mais de 20. Arquitetura moderna com traços do iluminismo e as curvas remetem às montanhas de Minas Gerais [1].

Na Avenida João Pinheiro (antiga avenida da Liberdade) encontra-se o Museu Mineiro. O Museu foi inaugurado em 1982, abrigando inicialmente o Senado Mineiro. De 1910 até 1938 abrigou a Prefeitura Municipal e atualmente funciona como museu mineiro, cujo acervo é composto por coleções que retratam a cultura e História de Minas, com destaque para a coleção de Arte Sacra Colonial, Arquivo Público Mineiro [1].

Edifício Niemeyer. Foto: Adriana Tenchini
Antiga Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Fonte http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br

Situada na Rua Sergipe está a Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira da cidade. A história dessa igreja se confunde com a da própria cidade, pois no local onde hoje se encontra a catedral havia uma pequena capela de pau-a-pique com característica tipicamente mineira. Conta a lenda que no começo do século XVII, quando Belo Horizonte ainda se chamava Curral D’el Rey, um português acompanhado por três escravos de confiança passava pelo local com dois burros que carregavam 15 arrobas (aproximadamente 200 kg) em barras de ouro, moedas e joias. Ao notar que estava sendo perseguido por ladrões, o português resolveu esconder a fortuna para escapar do bando.

Ele colocou as raridades num tacho de cobre e enterrou as preciosidades a 81 passos, em linha reta, contados a partir da entrada principal da capela, em direção ao pico mais alto, à vista da serra que deu o nome ao arraial. Ao notar que estava sendo perseguido por ladrões, o português resolveu esconder a fortuna para escapar do bando. Ele colocou as raridades num tacho de cobre e enterrou as preciosidades a 81 passos, em linha reta, contados a partir da entrada principal da capela, em direção ao pico mais alto, à vista da serra que deu o nome ao arraial. Ao perceber que não teria escapatória, o português escolheu um dos escravos para levar o mapa do tesouro para sua esposa em Caeté. De acordo com a lenda, o português e os dois escravos foram mortos e o tesouro continua até hoje no local onde atualmente se encontra a Catedral da Boa Viagem, mas calma, gente. Não vamos todos correr para uma caça ao tesouro. Isto é uma lenda. E se fosse verdade, com todo este tempo, alguém já teria encontrado, não é mesmo!

Voltando a história: O templo foi chamado de Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem devido ao trajeto que os portugueses realizaram para se estabelecerem na região. Nesse percurso de Portugal até às terras brasileiras os bandeirantes trouxeram a imagem de Nossa Senhora como forma de pedir a benção pelo caminho onde andariam; ao chegar à região resolveram homenagear a santa com um templo. A capela foi substituída pela catedral que teve suas obras terminadas em 1932. Atualmente, a igreja é uma das mais importantes da cidade e comporta até 400 pessoas. Com estilo neogótico a catedral é composta por grandes vitrais e o altar–mor é todo feito em mármore de Carrara. É maravilhosa, não deixem de visitá-la

Então, gostaram? Para quem não sabe ou não conhecia, nossa cidade tem muita história, cultura e passeios a ser realizado. Não se preocupem, ainda não acabou, nos próximos posts mostrarei mais um pouquinho de BH.


O texto apresentado nesta página é um resumo de partes do Livro “Planejamento e Organização de Eventos: Da Teoria à Prática.” Autora: Adriana Tenchini (Ebook disponível na Amazon).



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A Autora


Meu nome é Adriana Tenchini, natural de Belo Horizonte, Minas Gerais. Sou uma amante do conhecimento e tenho como formação os cursos: Graduação em Eventos, Bacharelado em Publicidade e Propaganda, Graduação em Gastronomia, Graduação em Cozinha Contemporânea, MBA em Administração Estratégica, Pós-graduação em Gestão da Qualidade em Gastronomia e vários cursos extracurriculares nas áreas de eventos, gastronomia, design e web design. Além da minha formação acadêmica, sou produtora de conteúdo, escritora, espírita, terapeuta holística, produtora de laticínios vegetais e mãe.

Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface.


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Escritora, Produtora de Conteúdo, Publicitária e Gastrônoma.

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FONTES IMAGENS: Imagem Gabriel Luiz Ramos por Pexels

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