Posfácio – Amor Além do Tempo

Posfácio

A construção deste livro não foi um mero trabalho de escrita. Representa, para mim, muito mais do que isso. Esta obra foi um aprendizado, uma evolução, um crescimento pessoal e espiritual. A partir de todas as lembranças minhas e das intuídas por João Pedro, passei a entender e aceitar melhor os percalços do caminho.

Nada em nossa vida é por acaso, nada é castigo, e Deus não concede “prêmios” a quem não mereça. Tudo o que vivemos são reflexos, consequências e méritos de nossos próprios atos, desta e de outras vidas.

Apesar de tudo o que nos acontece ter um “motivo” e um “porquê”, não devemos nos acomodar e simplesmente baixar a cabeça, resignados. Devemos seguir em frente, tentando vencer os obstáculos, mas sem agredir ou machucar o outro. Afinal, todos nós já ouvimos a frase: “É pelo amor ou pela dor…” É através do amor incondicional que vamos amenizando o sofrimento e conseguindo quebrar ou anular as dores do processo.

Vocês também já devem ter ouvido algumas pessoas, conformadas com situações degradantes, dizerem: “Este é meu carma, tenho que aceitá-lo.” Não, você não tem que aceitar, pois carmas devem ser quebrados. Se não for agora, passará por outras vidas, vivendo a mesma situação até que consiga vencer e evoluir. Aqueles que respondem desta forma simplesmente não querem sair de sua zona de conforto, pois temem o desconhecido.

Mais uma vez digo: sigam em frente, aceitem aquilo que não podem mudar e, o resto, modifiquem, moldem e ajustem da melhor forma possível, mas sem ferir em demasia o próximo. Alguns sofrimentos, às vezes, são necessários para que o outro acorde e progrida. Sempre pense no que você sentiria se estivesse no lugar de fulano ou de sicrano. Desta forma, saberá o que fazer em cada situação.

Voltando ao livro: ele foi muito importante para mim, pois, além de me ajudar a entender e aceitar diversas situações e traumas pelos quais passei, fez com que eu evoluísse como pessoa e espiritualmente.

Hoje acredito mais em minhas intuições. Além disso, João Pedro me informou que esta história servirá como quebra de ciclos, quebra de carmas, tanto para mim quanto para todos os envolvidos neste processo, que hoje se encontram nesta vida, encarnados ou não.

Vocês podem se perguntar se eu sei quem são atualmente. Respondo que alguns eu identifiquei, outros não. Segundo João Pedro me disse certa vez, não há necessidade de saber a identidade de cada um. O importante é que a história seja contada. A quebra acontecerá automaticamente, sem necessidade de autoconhecimento dos envolvidos.

Comecei a escrever este livro em março de 2017. Porém, a construção do enredo não seguiu um caminho de escrita convencional. A Fernanda Alves explicou este processo no Prefácio desta obra. A história foi surgindo aos poucos e de forma não linear. As informações apareciam de repente, em momentos inusitados. De vez em quando, por não poder escrever na hora, eu enviava áudios para mim mesma pelo celular, para arquivar.

Para organizar toda a história, primeiro criei um texto em ordem cronológica com todas as informações e lembranças recebidas. Com tudo registrado, comecei a transformar esses trechos soltos em um romance. E, ao desenvolver a escrita desses trechos, novas memórias apareciam, preenchendo páginas e páginas com letras… com palavras… com história… com vida…

Resultado: 600 páginas. O livro tornou-se inviável economicamente para mim e para meus leitores, e a solução encontrada foi dividi-lo em dois volumes. Além disso, criei o post “PÁGINAS PERDIDAS“, no qual vocês encontrarão alguns relatos que não foram incluídos nas obras. Acessem e descubram! Qualquer dúvida ou sugestão, deixo também meu e-mail de contato: adriana.tenchini.escritora@gmail.com.

Finalizando, incluí a seguir as primeiras páginas do próximo livro.

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