Noz Moscada
Nome científico: Myristica fragans
Sinônimo: Noz Moscada
Origem: é originária da Indonésia. Chegou ao Ocidente pelos navios mercantes muçulmanos no período das grandes navegações, sendo comercializada pelos mouros. A noz-moscada é utilizada desde tempos remotos no preparo de alimentos e chá curativos.

Características: a especiaria é obtida do fruto da moscadeira, uma árvore de porte alto que pode atingir até 15 metros de altura. Sua madeira é muito boa para confecção de móveis. O fruto da moscadeira tem formato arredondado, cor amarela ou esverdeada e mede em torno de 5 cm de diâmetro. Ao amadurecer a parte carnosa se divide em duas, expondo a semente. Ela é revestida pelo macis que é uma membrana na cor vermelho-vivo que envolve a noz-moscada e é rica em óleos aromáticos. Tanto a semente (noz moscada) quanto a membrana (macis) são utilizados como especiarias.
A noz-moscada é deixada para secar durante alguns meses. Após este tempo, a casca separa-se do fruto, sendo possível extrair o macis, que é prensado e colocado para secar, resultando em lascas de cor castanho-amarelada. O macis tem um sabor mais refinado que o da noz-moscada e combina com legumes e verduras em geral, como batatas, espinafre, couve-flor, brócolis.
Uso Medicinal: Tem propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antioxidantes, podendo promover a cura de sintomas patológicos do aparelho digestivo e respiratório.
Uso na Gastronomia: é uma especiaria muito aromática, utilizada em pratos salgados e doces. Tem um sabor adocicado, amendoado e quente, e um aroma forte e distinto. Noz-moscada combina bem com muitos queijos, tornando-se um ingrediente comum em molhos e suflês de queijo. É um aromático utilizado na preparação do molho béchamel. É muito usada em pratos doces, tais como bolo de especiarias, pudins, biscoitos, tortas etc. Também complementa pratos de ovos e preparos com vegetais, como berinjela, cebola, repolho, brócolis e espinafre. Na Itália, utiliza-se a noz-moscada ralada na hora no brodo[1] de capeletti ou em molhos, e ainda, na mortadela italiana. No Oriente Médio é empregada em pratos de cordeiro e nos Estados Unidos é incluído no preparo de vinhos quentes durante o inverno.



Armazenamento: o ideal é utilizar a noz-moscada em semente, pois tem vida útil indefinida. A especiaria ralada, perde seu sabor e aroma rapidamente. Para utilizar a noz-moscada, deve-se raspar com um ralador bem fino (ou um zester) uma pequena porção da semente. Por ter aroma forte, apenas uma pequena quantidade é necessária para dar sabor ao prato. A especiaria deve ser ralada e adicionada no final do processo de cozimento, pois o calor diminui o seu sabor. Deve ser armazenada em temperatura ambiente e sem umidade.
Curiosidades: 1. A noz moscada em pó pode ser misturada na canela e ser soprada na casa para prosperidade. 2. O incenso de noz moscada ajuda a purificar o ambiente, promover prosperidade, saúde, amor e tranquilidade. Também pode ajudar a meditação, relaxamento e viagem astral. 3. A noz moscada pode ser usada em simpatias para atrair sorte no amor.
[1] Brodo – caldo italiano preparado com carne ou frango que serve de base para molhos, sopas e cremes. É comum cozinhar massas como capeletti, tortellini e ravioli no líquido do brodo junto com pedaços de carne ou frango.
Molho Bechàmel
É o mais simples dos molhos-mãe porque não é necessário adicionar um fundo aromático. O Bechamel é preparado somente com leite
quente engrossado em roux, temperado com cebola, cravo,
pimenta do reino, noz moscada e cozido até ficar cremoso.

Saiba Mais:
Conceitos e Teorias de Gastronomia

Receitas com Noz Moscada
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Para saber mais sobre Gastronomia acesse: Conceitos e Teorias
Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na página “Conceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com as “Receitas” postadas. Todas as receitas foram previamente testadas.
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Escritora, Produtora de Conteúdo, Publicitária e Gastrônoma.
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REFERÊNCIAS:
INSTITUTO Americano de Culinária. O chef profissional. 3. ed. São Paulo: Senac, 2010.
LINGUANOTTO NETO, N. Ervas e especiarias com suas receitas. São Paulo: Editora Gourmet Brasil, 2006.
PELT, J. M. Especiarias e ervas aromáticas: história, botânica e culinária. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.


