Wasabi e Raiz Forte

Wasabi e Raiz Forte

O Wasabi é um condimento em forma de pasta muito utilizado na culinária japonesa, especialmente em pratos com peixe cru. Possui um sabor picante e um aroma pungente. Essa pasta é produzida ralando o rizoma da Wasabia Japonica. Ela é uma planta nativa do Japão que cresce naturalmente em riachos de água fria e limpa nas regiões montanhosas japonesas. Poucos lugares são adequados para cultivo de wasabi, pois ele requer uma temperatura do ar entre 8ºC e 20ºC, não tolera a luz direta do sol e prefere alta umidade no verão. O caule e a raiz ficam parcialmente submersos ao longo dos leitos dos rios. Pela dificuldade de cultivar, o wasabi verdadeiro é muito caro.

Por causa do preço alto e baixa produção, a pasta conhecida como Wasabi consumida em grande parte do mundo, não é produzida pela Wasabia Japonica. Ela é uma combinação de Raiz Forte, corante verde e outros aditivos. A Raiz Forte ou Armoracia rusticana é uma erva cultivada por suas raízes carnuda e comestível. Os dois podem ser parecidos, porém, tem sabores distintos. A Raiz Forte (Armoracia rusticana) é de origem europeia e o seu sabor pode ser forte demais, amargo e acompanhado por uma sensação de queimação forte. Já o Wasabi “verdadeiro” (Wasabia japônica) tem um sabor muito mais sutil e agradável.

Nome científico: Wasabia Japonica

Sinônimo: Wasabi japonês, Wasabi verdadeiro

Origem: Japão. Características: é um rizoma, ou seja, um caule subterrâneo. Atinge até 60 cm de altura. Suas folhas são verdes e brilhantes, com uma textura ligeiramente rugosa. A parte utilizada da planta é o seu rizoma, que é ralado em uma pasta fina antes do consumo.

Uso Medicinal: contém compostos bioativos que tem propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias. Esses compostos ajudam a reduzir doenças cardíacas, câncer, doenças crônicas, combater bactérias e micro-organismos prejudiciais. No Japão é utilizado como planta medicinal e antídoto para envenenamentos por ingestão de alimentos, por isso é servido com peixe cru a centenas de anos.

Uso na Gastronomia: embora seja mais consumido com sushi e sashimi, o wasabi pode ser servido com diversas outras preparações no Japão, tais como o “macarrão soba” (feito com trigo sarreceno” e o “washoku” (comida tradicional japonesa). Além do rizoma que é utilizada para preparar a pasta, as folhas e os caules também podem ser consumidos em conservas, refogados ou crus em uma salada.

Wasabi (Wasabia Japonica). Imagem de Beth Macdonald por Unsplash.
Raiz Forte (Armoracia rusticana). Imagem de Filip Filipović por Pixabay.

Nome Científico: Armoracia rusticana

Sinônimo: Raíz forte, Rábano sillvestre, Rábano bastardo, Rábano rústico,

Origem: Sudeste europeu e do oeste asiático. No Sul do Brasil, a raiz-forte é conhecida há quase dois séculos, associada aos hábitos alimentares introduzidos pelos imigrantes do centro e do leste europeu. 

Características: é uma planta herbácea perene que pode atingir até 1 m de altura e tem grandes folhas oblongas. A parte utilizada da planta é a sua raiz.

Uso Medicinal: foi inicialmente utilizada por suas propriedades medicinais, porém, mais tarde foi incorporada na culinária de diversos povos. A raiz forte é rica em vitamina C, potássio, cálcio, magnésio e fósforo. Tem propriedades antibiótica, diurética, digestiva, depurativa e carminativa.

Uso na Gastronomia: está presente em diversos países, como Polônia, Ucrânia, Rússia, Itália, EUA etc. A raiz forte é utilizado como condimento para acompanhar massas cozidas, fritas ou assadas e para temperar saladas e pratos frios.

Sushi

É um prato da gastronomia japonesa que possui origem em uma técnica antiga de conservação da carne de peixe em arroz avinagrado.

Temperando e Condimentando

Conceitos e Teorias de Gastronomia

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Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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REFERÊNCIAS:

INSTITUTO Americano de Culinária. O chef profissional. 3. ed. São Paulo: Senac, 2010.

LINGUANOTTO NETO, N. Ervas e especiarias com suas receitas. São Paulo: Editora Gourmet Brasil, 2006.

PELT, J. M. Especiarias e ervas aromáticas: história, botânica e culinária. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003./1

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