Tempero Berbere
Sinônimo: Bärbäre, berbere, berberê.
Origem: Etiópia e Eritreia.
Composição: Normalmente, pimenta calabresa (ou chili ou Caiena), alho granulado ou em pó, gengibre em pó, Páprica (doce ou defumada), korarima (planta local etíope), ajowan, nigela e feno-grego. Pode ainda incluir cúrcuma, Canela, Noz moscada, Coentro em pó, Cardamomo em pó.
Características: utilizado na forma seca ou misturado em algum líquido para armazenamento. O aroma é potencializado ao fritar a mistura em algum tipo de gordura, como a manteiga ghee.

Uso na Gastronomia: Vários tipos de wots (guisados etíopes cristãos), além de ensopados, cremes, legumes, entre outros.
Tempero Berbere – Receita
O Tempero Berbere é uma mistura tradicional de especiarias originária da Etiópia e Eritreia, essencial na culinária dessas regiões do Chifre da África[1]. Seu sabor é intenso, picante e aromático, conferindo um toque exótico e profundo aos pratos. Presente em guisados tradicionais etíopes chamados wots, o berbere é fundamental para receitas emblemáticas como o Doro Wat, um saboroso ensopado de frango. Além disso, é utilizado em ensopados, cremes, legumes e diversas outras preparações que demandam um tempero robusto e característico.
Categoria: Aromáticos, Condimentos
Especificação: Cozinha Internacional (Etiópia e Eritreia), ervas aromáticas e especiarias
Tempo de Preparo: 10 minutos
Rendimento: 120 gramas
Dificuldade: Fácil

Ingredientes:
- 2 colheres (sopa) de semente de cominho
- 4 unidades de cravo da índia
- 1/2 colher (chá) de cardamomo
- 1/2 colher (chá) de pimenta do reino preta em grãos
- 1/4 de colher (chá) de pimenta da Jamaica em grãs
- 1 colher (sopa) de feno grego
- 1/2 colher (chá) de semente de coentro
- 8 unidades de pimenta chili ou malagueta
- 1/2 colher (chá) de gengibre fresco ralado
- 1/4 de colher (chá) de açafrão
- 1 colher (chá) de sal
- 2 1/2 colheres (sopa) de páprica doce
- 1/8 de colher de canela em pó
Modo de Preparo:
Em uma frigideira, toste em fogo baixo as sementes de cominho, cravo da índia, cardamomo, pimenta do reino em grãos, pimenta da Jamaica, feno grego e sementes de coentro, mexendo sempre por aproximadamente 2 minutos para liberar os aromas. Retire os cabinhos das pimentas chili ou malagueta e triture-as em um moedor de café junto com as especiarias tostadas até obter um pó fino. Alternativamente, use um socador para amassar. Misture essa base com o gengibre fresco ralado, o açafrão, o sal, a páprica doce e a canela em pó até homogeneizar. Armazene em vidro hermético, em local seco e escuro.

Toques Finais e Sugestões:
1. Dicas de consumo e preparo:
- Utilize o tempero berbere em guisados, ensopados e pratos com legumes para adicionar sabor intenso e picância característica.
- É ideal para marinadas de carnes e aves, especialmente em preparações inspiradas na culinária etíope.
- Pode ser incorporado em cremes e molhos para dar um toque exótico e aromático.
- Ajuste a quantidade de pimenta chili para controlar o nível de picância de acordo com sua preferência.
- Experimente em preparações vegetarianas para agregar um sabor complexo e marcante.
2. Curiosidade: O berbere é um dos temperos mais emblemáticos da culinária do Chifre da África, tendo seu uso profundamente enraizado na cultura e tradição dessas regiões, onde as especiarias são valorizadas não só pelo sabor, mas também por suas propriedades medicinais.
[1] O Chifre da África é uma região geográfica localizada no extremo nordeste do continente africano, que tem esse nome por causa de seu formato pontiagudo, lembrando um “chifre” que se projeta para o mar.
Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na página “Conceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com as “Receitas” postadas. Todas as receitas foram previamente testadas.
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REFERÊNCIAS:
DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Química de alimentos de Fennema. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
FERGUSON, C. A arte dos condimentos. Lisboa: Editorial Estampa, 2005.
INSTITUTO Americano de Culinária. O chef profissional. 3. ed. São Paulo: Senac, 2010.
MCGEE, H. Comida e cozinha: ciência e cultura da culinária. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
STOBART, T. Ervas, Temperos e condimentos. São Paulo: Jorge Zahar, 2018.
