Dashi

O dashi é um fundo aromático essencial da culinária japonesa, valorizado por sua delicadeza e profundidade de sabor. Surgiu por volta do século VIII no Japão, quando o uso da alga kombu foi documentado pela primeira vez. Já no século XVII, o katsuobushi (peixe bonito seco, fermentado e defumado) passou a ser incorporado, marcando a criação do dashi moderno como conhecemos. Seu sabor característico, dominado pelo umami, serve de alicerce para pratos clássicos como o missoshiru, o chawanmushi, caldos de udon, entre muitos outros. Simples, porém sofisticado, o dashi expressa o espírito da culinária japonesa: extrair o máximo de sabor com o mínimo de ingredientes.

Dashi

Categoria: Aromáticos, bases de cozinha

Especificação: Fundos aromáticos, vegetais, cozinha internacional (Japão), sem glúten, sem lactose

Tempo de Preparo: 15 minutos

Rendimento: 1 litro

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (250 ml – 1 xícara): 8 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

  • 10 g de alga kombu seca (cerca de 1 tira grande)
  • 1 litro de água
  • 20 g de katsuobushi (lascas de peixe bonito seco)

Modo de Preparo:

Coloque a alga kombu em uma panela com a água fria e deixe descansar por pelo menos 30 minutos (pode ser feito com antecedência, inclusive na geladeira por até 12 horas).

Leve a panela ao fogo médio e aqueça lentamente. Quando surgirem as primeiras bolhas (sem deixar ferver), retire o kombu com uma pinça ou escumadeira. Isso evita um sabor amargo. Assim que remover o kombu, aumente um pouco o fogo e, quando começar a ferver, desligue. Adicione imediatamente o katsuobushi e aguarde cerca de 5 minutos, ou até que as lascas afundem. Coe o dashi com um pano de algodão fino ou peneira forrada com papel toalha. Use imediatamente ou conserve na geladeira por até 3 dias. Também pode ser congelado em porções.

Toques Finais e Sugestões:

Dicas de consumo

  • Use este caldo como base para sopas japonesas (missoshiru), caldos de macarrão (udon, soba) ou como líquido de cozimento para arroz temperado, legumes ou ovos.
  • Pode ser reduzido ou misturado a outros caldos para realçar o sabor de receitas não orientais, especialmente em molhos leves ou risotos.

Variações

  • Para uma versão vegana, substitua o katsuobushi por cogumelos secos (especialmente shiitake).
  • O caldo coado pode ser reutilizado em um segundo dashi, chamado niban dashi, ideal para preparações secundárias.

Curiosidade

O termo “umami” foi cunhado pelo químico japonês Kikunae Ikeda em 1908, ao estudar o sabor da alga kombu. Ele identificou o glutamato como responsável pelo gosto que hoje reconhecemos como o quinto sabor, e o dashi foi uma das primeiras expressões dessa descoberta na culinária.


Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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