Gefilte Fish

O Gefilte Fish é um prato emblemático da culinária judaica ashkenazi, consumido principalmente em datas sagradas como o Pessach, a Páscoa Judaica, e o Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico. Sua origem remonta à Europa Central e Oriental, onde famílias judaicas adaptaram receitas tradicionais de peixe recheado para versões mais práticas e acessíveis, moldadas em bolinhos e cozidas em caldo. Com textura delicada e sabor suave, que pode variar do levemente adocicado ao salgado conforme a tradição familiar, o prato se tornou um símbolo de celebração e memória afetiva. Costuma ser servido frio, acompanhado de cenouras cozidas e raiz forte (chrein), sendo apreciado não apenas pelo sabor, mas também pelo valor cultural e afetivo que representa em muitas mesas judaicas ao redor do mundo.

Gefilte Fish

Categoria: couvert, entrada, acompanhamento/guarnição, petisco

Especificação: peixes, cozinha internacional (Israel)

Tempo de Preparo: 2h30

Rendimento: 10 porções (cerca de 20 bolinhos)

Dificuldade: Médio

Calorrias por porção (2 bolinhos – 180g): 165 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

Para o caldo:

  • 1,5 litro de água
  • 2 cebolas cortadas em rodelas grossas
  • 2 cenouras médias cortadas em rodelas
  • 1 talo de salsão
  • 1 cabeça e espinhas dos peixes usados (opcional, mas tradicional)
  • ½ colher (sopa) de sal
  • 1 colher (chá) de açúcar (opcional)
  • Pimenta do reino a gosto

Para os bolinhos:

  • 500 g de filé de carpa, sem pele nem espinhas
  • 300 g de filé de pescada branca (ou outro peixe de sabor suave)
  • 2 cebolas médias bem picadas
  • 2 ovos
  • 3/4 de xícara de farinha de matzá (ou farinha de rosca fina, fora do Pessach)
  • 1 colher (chá) de sal
  • ½ colher (chá) de pimenta do reino
  • 1 colher (chá) de açúcar (opcional, para a versão levemente adocicada)
  • Água gelada, se necessário (cerca de 2 a 4 colheres (sopa)

Modo de Preparo:

Prepare o caldo: Em uma panela grande, adicione a água, as cebolas, as cenouras, o salsão e, se estiver usando, as partes do peixe. Tempere com sal, açúcar e pimenta. Leve ao fogo médio e cozinhe por cerca de 30 minutos após levantar fervura, retirando as impurezas da superfície.

Prepare a massa dos bolinhos: Passe os filés de peixe por um processador até obter uma pasta. Adicione as cebolas, os ovos, a farinha de matzá, sal, pimenta e açúcar (se estiver usando). Processe até formar uma massa homogênea. Se necessário, adicione um pouco de água gelada para obter uma textura leve, mas firme o suficiente para moldar com as mãos.

Modele os bolinhos: Com as mãos molhadas, forme bolinhos ovais ou redondos (cerca de 2 colheres (sopa) de massa por unidade).

Cozinhe os bolinhos no caldo: Retire a cabeça e espinhas do peixe do caldo, se estiver usando. Abaixe o fogo e, com cuidado, vá colocando os bolinhos no caldo quente. Cozinhe por 1h a 1h30, em fogo bem baixo, com a panela semitapada.

Resfrie e sirva: Com uma escumadeira, retire os bolinhos cozidos e disponha-os em uma travessa. Cubra com as rodelas de cenoura cozidas e um pouco do caldo. Leve à geladeira por pelo menos 4 horas antes de servir. Sirva frio, com chrein (raiz-forte com beterraba) à parte.

Toques Finais e Sugestões:

1. Dicas de consumo:

  • Tradicionalmente servido como entrada fria em refeições festivas judaicas.
  • Fica excelente acompanhado de chrein (raiz forte com beterraba), pães leves ou matzá.
  • Pode ser incluído como couvert em menus temáticos ou sofisticados, especialmente quando servido em porções menores, com pão de centeio, conservas ou torradinhas.
  • Também pode funcionar como acompanhamento leve, ao lado de saladas simples ou sopas suaves, como a matzo ball soup.
  • Com criatividade, pode ser adaptado em formato de petisco: mini bolinhos sobre torradas, rodelas de pepino ou pequenas colheres com chrein, compondo tábuas frias elegantes.

2. Curiosidades:

  • Antigamente, o peixe inteiro era recheado com essa mistura, o que deu origem ao nome “gefilte”, que em iídiche significa “recheado”.
  • A versão doce é típica da região da Galícia e da Polônia, enquanto a salgada predomina entre os judeus lituanos.
  • A gelatina natural formada pelo colágeno do peixe é um sinal de autenticidade nas versões mais tradicionais.

Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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Escritora, Produtora de Conteúdo, Publicitária e Gastrônoma.

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