O Gefilte Fish é um prato emblemático da culinária judaica ashkenazi, consumido principalmente em datas sagradas como o Pessach, a Páscoa Judaica, e o Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico. Sua origem remonta à Europa Central e Oriental, onde famílias judaicas adaptaram receitas tradicionais de peixe recheado para versões mais práticas e acessíveis, moldadas em bolinhos e cozidas em caldo. Com textura delicada e sabor suave, que pode variar do levemente adocicado ao salgado conforme a tradição familiar, o prato se tornou um símbolo de celebração e memória afetiva. Costuma ser servido frio, acompanhado de cenouras cozidas e raiz forte (chrein), sendo apreciado não apenas pelo sabor, mas também pelo valor cultural e afetivo que representa em muitas mesas judaicas ao redor do mundo.

Gefilte Fish

Categoria: couvert, entrada, acompanhamento/guarnição, petisco

Especificação: peixes, cozinha internacional (Israel)

Tempo de Preparo: 2h30

Rendimento: 10 porções (cerca de 20 bolinhos)

Dificuldade: Médio

Calorrias por porção (2 bolinhos – 180g): 165 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

Para o caldo:

  • 1,5 litro de água
  • 2 cebolas cortadas em rodelas grossas
  • 2 cenouras médias cortadas em rodelas
  • 1 talo de salsão
  • 1 cabeça e espinhas dos peixes usados (opcional, mas tradicional)
  • ½ colher (sopa) de sal
  • 1 colher (chá) de açúcar (opcional)
  • Pimenta do reino a gosto

Para os bolinhos:

  • 500 g de filé de carpa, sem pele nem espinhas
  • 300 g de filé de pescada branca (ou outro peixe de sabor suave)
  • 2 cebolas médias bem picadas
  • 2 ovos
  • 3/4 de xícara de farinha de matzá (ou farinha de rosca fina, fora do Pessach)
  • 1 colher (chá) de sal
  • ½ colher (chá) de pimenta do reino
  • 1 colher (chá) de açúcar (opcional, para a versão levemente adocicada)
  • Água gelada, se necessário (cerca de 2 a 4 colheres (sopa)

Modo de Preparo:

Prepare o caldo: Em uma panela grande, adicione a água, as cebolas, as cenouras, o salsão e, se estiver usando, as partes do peixe. Tempere com sal, açúcar e pimenta. Leve ao fogo médio e cozinhe por cerca de 30 minutos após levantar fervura, retirando as impurezas da superfície.

Prepare a massa dos bolinhos: Passe os filés de peixe por um processador até obter uma pasta. Adicione as cebolas, os ovos, a farinha de matzá, sal, pimenta e açúcar (se estiver usando). Processe até formar uma massa homogênea. Se necessário, adicione um pouco de água gelada para obter uma textura leve, mas firme o suficiente para moldar com as mãos.

Modele os bolinhos: Com as mãos molhadas, forme bolinhos ovais ou redondos (cerca de 2 colheres (sopa) de massa por unidade).

Cozinhe os bolinhos no caldo: Retire a cabeça e espinhas do peixe do caldo, se estiver usando. Abaixe o fogo e, com cuidado, vá colocando os bolinhos no caldo quente. Cozinhe por 1h a 1h30, em fogo bem baixo, com a panela semitapada.

Resfrie e sirva: Com uma escumadeira, retire os bolinhos cozidos e disponha-os em uma travessa. Cubra com as rodelas de cenoura cozidas e um pouco do caldo. Leve à geladeira por pelo menos 4 horas antes de servir. Sirva frio, com chrein (raiz-forte com beterraba) à parte.

Toques Finais e Sugestões:

1. Dicas de consumo:

  • Tradicionalmente servido como entrada fria em refeições festivas judaicas.
  • Fica excelente acompanhado de chrein (raiz forte com beterraba), pães leves ou matzá.
  • Pode ser incluído como couvert em menus temáticos ou sofisticados, especialmente quando servido em porções menores, com pão de centeio, conservas ou torradinhas.
  • Também pode funcionar como acompanhamento leve, ao lado de saladas simples ou sopas suaves, como a matzo ball soup.
  • Com criatividade, pode ser adaptado em formato de petisco: mini bolinhos sobre torradas, rodelas de pepino ou pequenas colheres com chrein, compondo tábuas frias elegantes.

2. Curiosidades:

  • Antigamente, o peixe inteiro era recheado com essa mistura, o que deu origem ao nome “gefilte”, que em iídiche significa “recheado”.
  • A versão doce é típica da região da Galícia e da Polônia, enquanto a salgada predomina entre os judeus lituanos.
  • A gelatina natural formada pelo colágeno do peixe é um sinal de autenticidade nas versões mais tradicionais.

Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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Os latkes são panquecas fritas de batata, símbolo da culinária judaica asquenazita e presença obrigatória nas celebrações de Hanukkah. Sua origem remonta a tradições medievais, quando panquecas de queijo fresco eram comuns. A versão feita com batatas só se popularizou após a chegada do tubérculo à Europa Oriental. Fritos em óleo quente, eles remetem ao milagre do azeite que durou oito dias no Templo de Jerusalém, motivo pelo qual os alimentos fritos são destaque nessa celebração.

Hoje, os latkes conquistam o paladar de pessoas de todas as origens. Crocantes por fora e macios por dentro, podem ser servidos com creme azedo, purê de maçã ou até salmão defumado. São uma combinação perfeita de tradição, sabor e textura.

Latkes Tradicionais de Batata

Categoria: Café da manhã, lanches, petiscos, acompanhamento/guarnição

Especificação: Panqueca, vegetais, batatas, cozinha internacional (Israel), vegetariana, sem lactose

Tempo de Preparo: 45 minutos,

Rendimento: 12 unidades médias (serve 4 pessoas)

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção 3 unidades médias – 150 g): 285 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

  • 4 batatas médias (aproximadamente 600 g)
  • 1 cebola média (ralada ou triturada)
  • 2 ovos
  • 3 colheres (sopa) de farinha de trigo ou de matzá
  • 1 colher (chá) de sal
  • Pimenta do reino a gosto
  • Óleo vegetal (para fritar)

Modo de Preparo:

Lave, descasque e rale as batatas no ralo grosso. Coloque-as em um pano limpo ou voal e esprema bem para remover o excesso de líquido. Este passo é essencial para latkes crocantes. Rale também a cebola e esprema o excesso de água (caso necessário). Misture com a batata ralada. Em uma tigela grande, adicione os ovos, a farinha, o sal e a pimenta. Misture bem até obter uma massa firme e úmida, mas não líquida.

Aqueça uma frigideira antiaderente com uma fina camada de óleo vegetal. Quando estiver bem quente, coloque porções da massa (cerca de 2 colheres de sopa por unidade), achatando-as com uma espátula para formar pequenos discos. Frite os latkes por 3 a 5 minutos de cada lado, até ficarem dourados e crocantes. Ajuste o fogo para que não queimem antes de cozinhar por dentro. Retire e escorra sobre papel absorvente. Sirva quentes.

Toques Finais e Sugestões:

1. Dicas de consumo

  • Sirva os latkes com sour cream (creme azedo), purê de maçã, coalhada seca, requeijão fresco, ou salmão defumado.
  • Podem ser preparados com antecedência e reaquecidos no forno (180 °C por 10 minutos) para recuperar a crocância.
  • Também funcionam como base para canapés ou brunches criativos.

2. Curiosidades

Em algumas tradições, um ovo cozido com casca é colocado no centro da travessa de latkes para simbolizar fartura.

Em versões modernas, pode-se adicionar cenoura, abobrinha, alho poró ou até queijo à massa.


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Este bolo é uma releitura kosher lePessach do tradicional bolo invertido de frutas caramelizadas. A combinação de abacaxi e maçã, dispostas artisticamente sobre uma camada de caramelo, resulta em uma sobremesa úmida, aromática e visualmente encantadora. Ideal para servir durante o Pessach, ele respeita as regras alimentares da festividade e encanta pela simplicidade e sabor.

Bolo Invertido de Pessach

Categoria: Café da manhã, lanches, sobremesas, confeitaria

Especificação: Bolo, massa cremosa, cozinha internacional (Israel), vegetariana, sem glúten, sem lactose

Tempo de Preparo: 25 minutos + 40-45 minutos (forno)

Rendimento: 10 fatias

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (1 fatia – 90g): 265 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

Para a calda e frutas:

  • 1 xícara (chá) de açúcar
  • 1 colher (sopa) de água
  • 1 colher (sopa) de suco de limão
  • 5 rodelas de abacaxi em calda (escorridas)
  • 1 maçã vermelha cortada em meias-luas finas (com casca)

Para a massa:

  • 4 ovos grandes (separar claras e gemas)
  • 1 pitada de sal
  • 1/2 xícara (chá) de açúcar
  • 1/3 xícara (chá) de óleo vegetal (ex: girassol)
  • 1/2 xícara (chá) de suco de laranja natural
  • 1 colher (chá) de essência de baunilha (opcional)
  • 1 xícara (chá) de farinha de amêndoas
  • 1/2 xícara (chá) de fécula de batata

Modo de Preparo:

Prepare a calda:

Em uma panela pequena, misture o açúcar, a água e o suco de limão. Leve ao fogo médio, sem mexer, até obter um caramelo dourado claro. Despeje imediatamente no fundo de uma forma redonda com furo no meio (aproximadamente 24 cm de diâmetro). Disponha as rodelas de abacaxi intercaladas com as fatias de maçã sobre o caramelo, pressionando levemente.

Prepare a massa:

Pré-aqueça o forno a 180 °C. Bata as claras em neve com uma pitada de sal e reserve. Em outra tigela, bata as gemas com o açúcar até formar um creme claro. Adicione o óleo, o suco de laranja e a essência de baunilha, misturando bem. Acrescente a farinha de amêndoas e a fécula de batata, mexendo delicadamente. Incorpore as claras em neve, aos poucos, com movimentos suaves de baixo para cima.

Montagem:

Despeje a massa com cuidado sobre as frutas na forma caramelizada. Leve ao forno preaquecido por cerca de 40–45 minutos, ou até que, ao inserir um palito, ele saia limpo. Retire do forno e aguarde 10 minutos antes de desenformar.

Toques Finais e Sugestões:

1. Dicas de consumo:

  • Sirva morno ou em temperatura ambiente, acompanhado de chá de hortelã ou café.
  • Pode ser preparado com antecedência e armazenado em temperatura ambiente por até 2 dias ou refrigerado por até 5 dias.

2. Curiosidades:

Este bolo é uma deliciosa adaptação para o período de Pessach, festividade judaica que celebra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Durante essa época, é proibido o consumo de alimentos fermentados ou que contenham certos cereais como trigo, centeio, cevada, aveia e espelta, bem como seus derivados fermentados, conhecidos como chametz. Por isso, nesta receita são utilizadas farinha de amêndoas e fécula de batata, ingredientes comuns em preparações kosher lePessach. O resultado é um bolo leve, úmido e naturalmente sem glúten, que mantém o sabor e o encanto da versão tradicional mesmo sem o uso de fermento ou farinhas convencionais.


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A Sopa Kneidlach é um clássico da culinária judaica ashkenazi e costuma ser servida tradicionalmente durante o Pessach, a Páscoa Judaica, quando o consumo de fermentados é evitado. O nome “kneidlach”, que é o plural de kneidel em iídiche, significa “bolinho” e faz referência aos delicados bolinhos preparados com farinha de matzá, o pão ázimo triturado. Essa sopa reconfortante é geralmente feita com caldo de frango caseiro e representa afeto, cuidado e memória afetiva em muitas famílias.

O preparo é simples, mas exige atenção para alcançar a textura ideal dos bolinhos. Eles devem ficar leves e macios, sem se desmanchar no cozimento. Combinados a um caldo saboroso e cheio de vegetais, formam uma refeição que une tradição e sabor com um toque especial de acolhimento.

Sopa Kneidlach

Categoria: entrada, acompanhamento/guarnição, prato principal,

Especificação: Sopa, vegetais, aves, cozinha internacional (Israel), sem lactose

Tempo de Preparo: 45 minutos

Rendimento: 6 porções

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (1 prato fundo – 350g): 218 kcal

Imagem Adrinana Tenchini

Ingredientes:

Para o caldo

  • 2 colheres (sopa) de azeite ou gordura de frango
  • 1 cebola grande, picada
  • 2 dentes de alho, picados
  • 2 cenouras, cortadas em rodelas
  • 2 talos de salsão, picados
  • 2 coxas de frango com osso (opcional)
  • 2 litros de água
  • 1 folha de louro
  • Sal e pimenta do reino a gosto

Para os bolinhos (kneidlach):

  • 1 xícara de farinha de matzá
  • 2 ovos
  • 3 colheres (sopa) de óleo vegetal ou gordura de frango derretida
  • 4 colheres (sopa) de água (aproximadamente)
  • Sal a gosto
  • 1 pitada de noz moscada (opcional)

Modo de Preparo:

Caldo:

Em uma panela grande, aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho até começarem a dourar. Adicione a cenoura, o salsão e, se desejar, as coxas de frango. Refogue por mais alguns minutos. Acrescente a água, o louro, sal e pimenta a gosto. Deixe ferver. Reduza o fogo, tampe parcialmente e cozinhe por 30 minutos. Retire as coxas de frango, desfie a carne e reserve. Coe o caldo, mantendo os legumes, e volte tudo para a panela.

Bolinhos (kneidlach):

Em uma tigela, misture a farinha de matzá com os ovos, o óleo, a água, o sal e a noz moscada. Mexa até formar uma massa homogênea. Leve à geladeira por 20 minutos para firmar. Com as mãos levemente untadas, forme bolinhas de cerca de 3 cm de diâmetro. Ferva água com sal em outra panela e cozinhe os bolinhos por 20 minutos ou até estarem firmes e cozidos por dentro. Transfira os bolinhos cozidos para o caldo quente, aqueça bem e sirva com os legumes e, se desejar, o frango desfiado.

Toques Finais e Sugestões:

1. Dicas de consumo:

Sirva a sopa bem quente, como entrada em um jantar especial ou como refeição leve e reconfortante. Ela combina muito bem com pão ázimo ou torradas finas. Para uma apresentação mais elegante, finalize com salsinha fresca picada por cima.

2. Curiosidades:

Durante o Pessach, muitos judeus evitam alimentos fermentados, e o matzá se torna a base para diversas receitas tradicionais. Os bolinhos kneidlach são um exemplo disso e representam tanto a história do povo judeu quanto o afeto familiar. São preparados há gerações e fazem parte de rituais cheios de simbolismo e sabor.


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Símbolo da pressa e da libertação, o pão ázimo é um alimento ancestral que carrega consigo significados profundos ligados à fé, à resistência e à simplicidade. Sua origem remonta às tradições judaicas, especialmente à celebração da Páscoa (Pessach), quando, segundo os relatos, o povo hebreu precisou sair rapidamente do Egito e não teve tempo de esperar a massa do pão fermentar. Por isso, prepararam um pão simples, sem fermento, que se tornaria, desde então, um marco da travessia e da memória coletiva.

Mais do que um alimento, o pão ázimo representa a conexão com o essencial, com o que é feito com as próprias mãos, com o tempo presente e com a necessidade de seguir em frente mesmo em meio às incertezas. Nesta versão, ele ganha um toque contemporâneo com a adição de ervas frescas e um leve fio de azeite de oliva, que realçam seu sabor sem alterar sua natureza original. É uma receita que une o antigo e o atual, o sagrado e o cotidiano, convidando a uma experiência simples, aromática e carregada de significado.

Pão Ázimo com Ervas e Azeite

Categoria: couvert, café da manhã, lanches, acompanhamento, entradas, panificação

Especificação: Pão, massa plana, Cozinha internacional (Israel), vegana, vegetariana, sem lactose,

Tempo de Preparo: 30 minutos

Rendimento: 6 pães pequenos ou 3 médios

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (1 unidade média – 60g): 190 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

  • 2 xícaras de farinha de trigo (integral, branca ou metade de cada)
  • 1 colher (chá) de sal
  • 3/4 de xícara de água (aproximadamente)
  • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva extravirgem
  • 1 colher (sopa) de ervas frescas picadas (sugestões: orégano, hortelã, tomilho ou coentro)
  • Azeite extra para pincelar

Modo de Preparo:

Em uma tigela grande, misture a farinha e o sal. Acrescente as ervas frescas picadas. Adicione a água aos poucos, mexendo com as mãos ou com uma colher de pau, até formar uma massa homogênea e firme que não grude nas mãos. Incorpore o azeite de oliva e sove por cerca de 5 minutos, até obter uma massa macia e maleável. Divida a massa em porções e abra com um rolo ou com as mãos, formando discos finos com 3 a 5 mm de espessura.

Aqueça uma chapa, frigideira de ferro ou forno preaquecido a 200 °C. Asse os discos por 3 a 5 minutos de cada lado, até ficarem levemente dourados e com pontos tostados (em forno, vire na metade do tempo). Retire do fogo e pincele imediatamente com azeite. Sirva quente ou em temperatura ambiente.

Toques Finais e Sugestões:

1. Dicas de consumo:

  • Sirva como entrada, com pastas de grão-de-bico, lentilha ou azeite temperado.
  • Combina muito bem com sopas leves, caldos ou pratos de legumes assados.
  • Ideal para refeições simbólicas, mesas temáticas ou momentos de celebração espiritual.

2. Curiosidades:

O pão ázimo é conhecido como “matzá” na tradição judaica e representa a libertação do povo hebreu do Egito, quando não houve tempo para deixar o pão fermentar. Sua simplicidade remete à pureza e ao essencial.


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O tofu, tradicional ingrediente da culinária chinesa, é versátil e altamente nutritivo. Nesta versão grelhada com um molho cítrico de gengibre, ele ganha sabor e textura, ideal para quem busca uma refeição leve, equilibrada e aromática. A receita é inspirada na cozinha vegetariana oriental, perfeita como prato principal ou guarnição.

Tofu Grelhado com Molho Cítrico de Gengibre

Categoria: couvert, entrada, café da manhã, lanches, petisco, acompanhamento/guarnição, prato principal,

Especificação: proteína vegetal, leguminosas, cozinha internacional (China e Japão), sem glúten, sem lactose, vegetariana,

Tempo de Preparo: 40 minutos

Rendimento: 4 porções

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (1 fatia grande – 140g): 192 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

Para o tofu:

  • 400 g de tofu firme
  • 2 colheres (sopa) de óleo de gergelim torrado
  • 1 colher (sopa) de molho shoyu (ou tamari para versão sem glúten)
  • 1 colher (sopa) de vinagre de arroz
  • 1 colher (chá) de mel ou açúcar mascavo
  • Pimenta do reino a gosto

Para o molho cítrico de Gengibre:

  • 2 colheres (sopa) de suco de limão tahiti
  • 1 colher (sopa) de suco de laranja
  • 1 colher (chá) de raspas de limão
  • 1 colher (chá) de gengibre fresco ralado
  • 1 colher (chá) de mel ou xarope de bordo
  • 1 colher (chá) de molho shoyu
  • 2 colheres (sopa) de azeite

Para finalizar:

  • Cebolinha fatiada fina
  • Gergelim branco ou preto
  • Brotos frescos ou folhas verdes (opcional)

Modo de Preparo:

Escorra o tofu e pressione levemente com papel toalha ou pano limpo para retirar o excesso de líquido. Corte-o em fatias grossas (cerca de 1,5 cm). Em uma tigela, misture o óleo de gergelim, o shoyu, o vinagre, o mel e a pimenta. Coloque as fatias de tofu nessa marinada e deixe descansar por pelo menos 20 minutos, virando na metade do tempo.

Aqueça uma grelha ou frigideira antiaderente e grelhe as fatias de tofu por 3 a 4 minutos de cada lado, até ficarem douradas e com marcas.

Misture todos os ingredientes do molho com um fouet ou garfo, até formar uma emulsão. Ajuste sal e acidez, se necessário. Disponha as fatias de tofu grelhado no prato, regue com o molho cítrico e finalize com cebolinha, gergelim e, se desejar, brotos frescos ou folhas.

Toques Finais e Sugestões:

1. Dicas de consumo:

Sirva o tofu com arroz de jasmim, legumes salteados ou uma salada oriental. Também combina com noodles de arroz ou quinoa cozida. Para uma versão mais fresca, sirva frio sobre folhas de acelga ou alface romana.

2. Curiosidades:

O tofu foi criado na China há mais de dois mil anos. Sua produção envolve a coagulação do leite de soja, formando uma “massa” semelhante ao queijo fresco. No Japão, tornou-se parte essencial da culinária dos monges budistas, especialmente na dieta vegetariana shōjin ryōri. Apesar de seu sabor neutro, o tofu absorve com facilidade os sabores dos temperos e molhos com que é preparado.


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O Golden Milk, também conhecido como leite dourado, é uma bebida tradicional da medicina ayurvédica indiana. Sua base é o leite aquecido com cúrcuma e especiarias como gengibre, canela e pimenta-do-reino. É valorizado há séculos por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e digestivas. Tornou-se popular no Ocidente como uma bebida funcional e reconfortante, especialmente em rotinas noturnas de relaxamento. Na Índia, é chamado de haldi doodh, e é consumido desde a infância como parte de um estilo de vida equilibrado. Seu sabor é suave, levemente picante e muito aromático.

Golden Milk – Leite Dourado

Categoria: Bebidas, café da manhã, lanches

Especificação: Bebida quente, não alcoólica, cozinha internacional (Índia), vegetariana, sem glúten

Tempo de Preparo: 10 minutos

Rendimento: 2 porções

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (1 xícara): 110 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

  • 2 xícaras (chá) de leite integral ou leite vegetal (preferencialmente de coco, amêndoas ou aveia)
  • 1 colher (chá) de cúrcuma em pó
  • 1 colher (chá) de gengibre fresco ralado ou 1/2 colher (chá) de gengibre em pó
  • 1 pau de canela ou 1/2 colher (chá) de canela em pó
  • 1 pitada de pimenta do reino preta moída na hora
  • 1 colher (chá) de óleo de coco (opcional, mas tradicional na ayurveda)
  • 1 colher (sopa) de mel ou outro adoçante natural (opcional, a gosto)
  • 1 colher (chá) de extrato de baunilha (opcional, para um toque aromático extra)

Modo de Preparo:

Em uma panela pequena, coloque o leite, a cúrcuma, o gengibre, a canela e a pimenta do reino. Leve ao fogo baixo e aqueça por cerca de 5 a 7 minutos, mexendo sempre, sem deixar ferver. Se estiver usando óleo de coco e extrato de baunilha, adicione nos minutos finais. Desligue o fogo, coe se necessário (caso tenha usado gengibre fresco ou especiarias inteiras). Adoce com mel ou outro adoçante natural a gosto e sirva quente.

Toques Finais e Sugestões:

1. Dicas de consumo:

Ideal para o café da manhã leve, ou como bebida de fim de tarde e noite, antes de dormir. Sirva com uma pitada de noz moscada ou cardamomo, se desejar um sabor mais complexo. Pode acompanhar pães leves, frutas secas ou bolos simples.

2. Curiosidades:

O Golden Milk tem raízes na medicina ayurvédica da Índia, onde a cúrcuma é considerada um dos ingredientes mais importantes para a saúde do corpo e da mente. A combinação com pimenta do reino é essencial para ativar a biodisponibilidade da curcumina, principal composto ativo da cúrcuma. O óleo de coco, por ser uma gordura saudável, também ajuda na absorção.


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O tofu, também conhecido como “queijo de soja”, é um alimento milenar originado na China há mais de dois mil anos, sendo depois difundido para o Japão, Vietnã, Coreia e outros países do leste asiático. Seu preparo é semelhante ao de queijos lácteos: o leite de soja é coalhado com um agente coagulante, formando blocos firmes, leves e ricos em proteínas. Versátil e neutro, o tofu pode ser consumido fresco ou grelhado, refogado, frito e até assado, absorvendo os sabores dos temperos e molhos com facilidade.

Tofu

Categoria: couvert, entrada, café da manhã, lanches, petisco

Especificação: proteínas vegetais, leguminosas, cozinha internacional (China), sem glúten, sem lactose, vegetariana, vegana

Tempo de Pré preparo: 12 horas

Tempo de Preparo: 1 hora

Rendimento: 400 gramas

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (1 fatia média – 100g): 127 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

  • 2 xícaras (chá) de soja em grãos
  • 8 xícaras (chá) de água filtrada (para o leite de soja)
  • 1 colher (sopa) de cloreto de magnésio PA (ou 2 colheres de suco de limão ou vinagre de maçã, como alternativa coagulante)
  • Panos de algodão finos ou gaze culinária
  • Forma furada ou escorredor para modelar o tofu

Modo de Preparo:

Hidratar a soja

Lave bem os grãos e deixe-os de molho em água filtrada por 12 horas (ou de um dia para o outro). Após esse tempo, escorra e lave novamente.

Preparar o leite de soja

Bata os grãos hidratados no liquidificador com a água filtrada, aos poucos. Coe a mistura em um pano limpo ou coador de voal, espremendo bem para extrair o leite. Reserve o resíduo (okara) para outras preparações.

Cozinhar o leite de soja

Leve o leite coado ao fogo médio em panela grande, mexendo sempre para não grudar. Quando levantar fervura, abaixe o fogo e cozinhe por 10 minutos. Desligue e deixe descansar por 5 minutos.

Coagular o leite

Dissolva o cloreto de magnésio em 1/2 xícara (chá) de água morna. Com o leite ainda quente (cerca de 75 °C), adicione o coagulante aos poucos, mexendo suavemente. Deixe descansar por 15 minutos, até formar uma coalhada separada do soro.

Modelar o tofu

Forre uma forma furada (ou escorredor) com pano de algodão limpo. Despeje a coalhada com cuidado e dobre o pano por cima, cobrindo-a. Coloque um peso sobre o tofu (como uma vasilha com água) e deixe escorrer por 20 a 40 minutos, dependendo da textura desejada (quanto mais tempo, mais firme).

Resfriar e conservar

Após prensado, mergulhe o bloco de tofu em água fria por 30 minutos. Guarde em pote com tampa, coberto com água fresca e troque a água diariamente. Consumir em até 5 dias.

Toques Finais e Sugestões:

Dicas de consumo

  • Ideal para receitas salgadas como refogados, grelhados, empanados ou recheios.
  • Para receitas doces, use tofu mais macio (menos tempo de prensa) e sem sal.
  • Marinadas deixam o tofu ainda mais saboroso: experimente com shoyu, gengibre, alho e óleo de gergelim.

Curiosidades

  • O tofu é mencionado em textos da dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.). Diz-se que foi criado acidentalmente ao adicionar sal marinho ao leite de soja.
  • No Japão, é base de pratos tradicionais como o agedashi tofu (tofu frito servido com dashi) e o hiyayakko (tofu frio com molho de soja e cebolinha).
  • O resíduo da produção, chamado okara, é altamente nutritivo e pode ser usado em bolos, hambúrgueres, pães ou farofas.

Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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Essa sopa remete às refeições simples e nutritivas consumidas em vilarejos ou templos budistas. Rica em umami e feita com ingredientes vegetais preservados e fermentados, reflete a filosofia alimentar do Japão antigo: equilíbrio, sazonalidade e respeito à natureza. É uma preparação que convida ao silêncio e à contemplação, oferecendo conforto e profundidade em cada colherada.

Sopa de Arroz com Cogumelos e Missô

Categoria: entrada, acompanhamento/guarnição, prato principal

Especificação: sopa, cozinha internacional (Japão), vegetais, cogumelos, cereais, vegetariana, vegana, sem lactose

Tempo de Preparo: 40 minutos

Rendimento: 4 porções

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (1 tigela pequena – 250g): 158 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

  • 1 xícara de arroz integral
  • 6 xícaras de água
  • 1 pedaço de alga kombu (5 cm)
  • 1 xícara de cogumelos frescos (shiitake ou portobello)
  • 1 colher de chá de gengibre fresco ralado
  • 1 colher de sopa de missô escuro
  • 1 colher de sopa de molho shoyu (opcional)
  • Cebolinha picada para finalizar

Modo de Preparo:

Cozinhe o arroz em 4 xícaras de água até que fique macio. Reserve. Em outra panela, aqueça as 2 xícaras restantes de água com o pedaço de alga kombu e os cogumelos fatiados por cerca de 10 minutos. Retire a alga kombu e adicione o arroz cozido e o gengibre ralado ao caldo. Desligue o fogo. Dissolva o missô com uma concha do caldo quente em um recipiente separado e misture de volta à sopa. Finalize com cebolinha picada e, se desejar, um fio de shoyu.

Toques Finais e Sugestões:

Dicas de consumo

Sirva bem quente, em tigelas individuais, preferencialmente de cerâmica ou madeira. Esse caldo pode ser consumido como entrada, em refeições leves ou acompanhado de legumes no vapor para uma refeição completa.

Curiosidades

Preparações como essa são conhecidas no Japão como okayu ou zosui, variações de sopas de arroz muito comuns em períodos de recuperação da saúde ou durante os meses mais frios. O uso do missô, um fermentado de soja, é uma tradição milenar e traz profundidade de sabor, além de propriedades probióticas.


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Tradicional e reconfortante, o missoshiru é um dos pratos mais simbólicos da culinária japonesa. Essa sopa leve, feita à base de missô (pasta de soja fermentada) e dashi (fundo aromático japonês), é presença constante nas refeições do Japão, especialmente no café da manhã, como parte do clássico ichiju-sansai (uma sopa e três acompanhamentos). Além do sabor umami marcante, o missoshiru pode ser enriquecido com ingredientes como tofu, algas, cogumelos ou vegetais da estação, tornando-se versátil e nutritivo. É uma ótima porta de entrada para os sabores da culinária japonesa autêntica.

Missoshiru – Sopa de Missô Japonesa

Categoria: entrada, acompanhamento/guarnição

Especificação: sopa, vegetais, Cozinha internacional (Japão), sem lactose, sem glúten

Tempo de Preparo: 15 minutos

Rendimento: 4 porções

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (1 tigela pequena – 250 g): 65 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

  • 1 colher (sopa) de alga wakame seca
  • 4 xícaras (960 ml) de fundo aromático japonês (dashi)
  • 3 colheres (sopa) de missô (claro, escuro ou vermelho, a gosto)
  • 1/2 xícara (chá) de tofu firme em cubos pequenos
  • (opcional) 1/2 xícara (chá) de cogumelos frescos fatiados (shiitake ou shimeji)
  • 2 colheres (sopa) de cebolinha fatiada finamente

Modo de Preparo:

Hidrate a alga wakame em água fria por cerca de 5 minutos. Escorra e reserve. Aqueça o dashi em uma panela média, sem deixar ferver. Dissolva o missô separadamente: coloque-o em uma tigela pequena, adicione um pouco do dashi quente e misture até formar uma pasta homogênea. Acrescente o missô dissolvido à panela com o restante do dashi, mexendo delicadamente. Adicione o tofu, a alga wakame hidratada e, se desejar, os cogumelos. Cozinhe por mais 2 a 3 minutos em fogo baixo. Desligue o fogo antes de ferver, para preservar os microrganismos benéficos do missô. Sirva quente, finalizando com cebolinha fresca por cima

Toques Finais e Sugestões:

Dicas de consumo:

  • O missoshiru é tradicionalmente servido como entrada, mas pode acompanhar qualquer refeição leve ou oriental.
  • Para uma versão mais robusta, adicione daikon em tiras, batata-doce ou cenoura cozida.
  • Use diferentes tipos de missô para experimentar sabores: o shiro missô (claro) é mais suave, enquanto o aka missô (escuro) tem sabor mais intenso.

Curiosidades:

  • A palavra “missoshiru” vem da junção de “missô” (pasta fermentada de soja) e “shiru” (sopa).
  • No Japão, o missoshiru é uma tradição diária: muitos japoneses consomem uma tigela todas as manhãs.
  • A base da sopa é o dashi, que pode ser feito com kombu (alga marinha), katsuobushi (flocos de bonito seco) ou até shiitake seco, em versões veganas.

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O dashi é um fundo aromático essencial da culinária japonesa, valorizado por sua delicadeza e profundidade de sabor. Surgiu por volta do século VIII no Japão, quando o uso da alga kombu foi documentado pela primeira vez. Já no século XVII, o katsuobushi (peixe bonito seco, fermentado e defumado) passou a ser incorporado, marcando a criação do dashi moderno como conhecemos. Seu sabor característico, dominado pelo umami, serve de alicerce para pratos clássicos como o missoshiru, o chawanmushi, caldos de udon, entre muitos outros. Simples, porém sofisticado, o dashi expressa o espírito da culinária japonesa: extrair o máximo de sabor com o mínimo de ingredientes.

Dashi

Categoria: Aromáticos, bases de cozinha

Especificação: Fundos aromáticos, vegetais, cozinha internacional (Japão), sem glúten, sem lactose

Tempo de Preparo: 15 minutos

Rendimento: 1 litro

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (250 ml – 1 xícara): 8 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

  • 10 g de alga kombu seca (cerca de 1 tira grande)
  • 1 litro de água
  • 20 g de katsuobushi (lascas de peixe bonito seco)

Modo de Preparo:

Coloque a alga kombu em uma panela com a água fria e deixe descansar por pelo menos 30 minutos (pode ser feito com antecedência, inclusive na geladeira por até 12 horas).

Leve a panela ao fogo médio e aqueça lentamente. Quando surgirem as primeiras bolhas (sem deixar ferver), retire o kombu com uma pinça ou escumadeira. Isso evita um sabor amargo. Assim que remover o kombu, aumente um pouco o fogo e, quando começar a ferver, desligue. Adicione imediatamente o katsuobushi e aguarde cerca de 5 minutos, ou até que as lascas afundem. Coe o dashi com um pano de algodão fino ou peneira forrada com papel toalha. Use imediatamente ou conserve na geladeira por até 3 dias. Também pode ser congelado em porções.

Toques Finais e Sugestões:

Dicas de consumo

  • Use este caldo como base para sopas japonesas (missoshiru), caldos de macarrão (udon, soba) ou como líquido de cozimento para arroz temperado, legumes ou ovos.
  • Pode ser reduzido ou misturado a outros caldos para realçar o sabor de receitas não orientais, especialmente em molhos leves ou risotos.

Variações

  • Para uma versão vegana, substitua o katsuobushi por cogumelos secos (especialmente shiitake).
  • O caldo coado pode ser reutilizado em um segundo dashi, chamado niban dashi, ideal para preparações secundárias.

Curiosidade

O termo “umami” foi cunhado pelo químico japonês Kikunae Ikeda em 1908, ao estudar o sabor da alga kombu. Ele identificou o glutamato como responsável pelo gosto que hoje reconhecemos como o quinto sabor, e o dashi foi uma das primeiras expressões dessa descoberta na culinária.


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Coloridos, crocantes e com acidez suave, os Tsukemono são conservas japonesas tradicionais que acompanham as refeições como um equilíbrio perfeito de sabor e textura.

O termo tsukemono significa literalmente “coisas em conserva” e se refere a uma ampla variedade de legumes fermentados ou curados em sal, vinagre, farelo de arroz ou missô. Nesta versão rústica, os vegetais são preparados com salmoura rápida à base de vinagre de arroz, resultando em um picles leve, vibrante e fresco, ideal para servir com arroz branco, pratos grelhados ou como parte de um bento[1] japonês.

Tsukemono

Categoria: aromáticos, couvert, entrada, acompanhamento/guarnição, lanches, petiscos

Especificação: Cozinha Internacional (Japão), conserva aromatizada, picles, vegetais, vegana, vegetariana, sem lactose, sem glúten

Tempo de Preparo: 30 minutos + 12 horas de descanso

Rendimento: 2 potes médios (600 ml cada)

Dificuldade: Fácil

Calorrias por porção (50 g – 1/4 de xícara): 23 kcal

Imagem Adriana Tenchini

Ingredientes:

  • 1 cenoura média, cortada em palitos finos
  • 1 pepino japonês, cortado em rodelas finas
  • 1 nabo (daikon pequeno), fatiado em meia-lua
  • 1/4 de repolho roxo, cortado em tiras
  • 1 colher (sopa) de gengibre fresco em tirinhas
  • 1 colher (sopa) de sal marinho (não iodado)
  • 1 xícara (240 ml) de vinagre de arroz
  • 1/2 xícara (120 ml) de água
  • 3 colheres (sopa) de açúcar demerara
  • 1 tira pequena de alga kombu (opcional)
  • 1 pimenta dedo-de-moça cortada em rodelas (opcional)
  • 1 colher (sopa) de sementes de gergelim torradas (opcional)

Modo de Preparo:

Prepare os vegetais: Corte todos os legumes conforme indicado e coloque-os em uma tigela grande. Polvilhe com o sal e misture bem com as mãos. Deixe descansar por 20 minutos, até que soltem um pouco de líquido. Escorra levemente e reserve.

Faça a salmoura: Em uma panela pequena, aqueça o vinagre de arroz, a água e o açúcar até que o açúcar se dissolva completamente. Não é necessário ferver. Deixe esfriar até temperatura ambiente.

Monte os picles: Distribua os vegetais em potes de vidro esterilizados. Se desejar, adicione tiras de kombu e rodelas de pimenta entre as camadas. Despeje a salmoura fria sobre os legumes até cobri-los completamente. Finalize com sementes de gergelim torradas, se desejar.

Conserve e sirva: Tampe os potes e leve à geladeira por pelo menos 12 horas antes de consumir. O sabor se intensifica nos dias seguintes. Consumir em até 10 dias.

Toques Finais e Sugestões:

Dicas de consumo:

Sirva os Tsukemono como guarnição para refeições asiáticas, em bento boxes, com arroz branco ou como parte de tábuas de entrada com pastas, missô ou queijos leves. Harmonizam bem com carnes grelhadas, peixes crus ou sanduíches vegetarianos.

Curiosidades:

No Japão, os tsukemono são tão presentes quanto o arroz. Antigamente, eram conservados em barris de madeira e fermentados por semanas. Esta versão rápida se inspira na técnica asazuke, uma conserva leve de preparo mais imediato. Cada cor de vegetal tem também um simbolismo cultural relacionado à harmonia e ao equilíbrio visual da refeição japonesa.



Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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