Fisiologia

do Gosto

A alimentação é um mundo complexo de prazer e satisfação, tanto emocional quanto fisiológico, ligadas, na maioria das vezes, as memórias da infância e as experimentações armazenadas em nossa mente. O papel do paladar deve ser encarado como parte da experiência sensorial e não é único, nem isolado. Através do paladar identificamos os sabores dos alimentos: O salgado, o doce, o amargo, o azedo e o umami. Atualmente a ideia de uma cozinha diferenciada está embasada na provocação de todos os sentidos: visão, olfato, audição, tato e paladar. No momento de apreciar uma escultura, um quadro, uma obra musical, um filme, a emoção que recebemos é percebida pelos nossos sentidos. Com a cozinha, acontece o mesmo. São os sentidos que permitem ao nosso cérebro receber as informações.

Os Sentidos Humanos

Atualmente a ideia de uma cozinha diferenciada está embasada na provocação de todos os sentidos: visão, olfato, audição, tato e paladar.

A Arquitetura do Gosto

A criação de um prato tem que fazer sentido. É importante entender que as decisões ao idealizá-lo irão afetar o resultado


[1] MOREIRA, Leise Nascimento. Técnica Dietética. 1ª Edição. Rio de Janeiro: SESES, 2016, 240. Pág. 25 a 27.

Para saber mais sobre Gastronomia acesse: Conceitos e Teorias


Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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CAPA: Imagem de Engin Akyurt por Pixabay

OS SENTIDOS HUMANOS: Imagem de StockSnap por Pixabay

A ARQUITETURA DO GOSTO: Imagem de Rita-und mit por Pixabay.

Preparo

dos Alimentos

[…] envolvem a modificação do alimento, com o uso de energia mecânica (operações de divisão ou união), energia térmica (uso de calor ou frio) ou a associação de ambas (PHILIPPI apud MOREIRA, 2016). A energia térmica é a operação mais utilizada no preparo dos alimentos. Se o objetivo for manter o sabor original, a cocção deve ser rápida (ex.: legumes salteados). Caso o objetivo seja modificar ou misturar os sabores dos alimentos, a cocção deve ser lenta (ex.: sopas).

Os alimentos, após o pré-preparo necessário, estão prontos para serem submetidos a diversos métodos de cocção de acordo com os objetivos a serem atingidos. Dependendo dos métodos empregados na elaboração da receita, os alimentos terão a sua composição física, química e/ou biológica modificada e serão atribuídos a eles novas características sensoriais.

A seguir tabelas com um resumo das formas de transmissão de calor e dos métodos de cocção. O assunto será abordado detalhadamente em um capítulo específico.

Transmissão de Calor

CONVECÇÃOTransmissão do calor pelo deslocamento de moléculas aquecidas, que se tornam menos densas e sobem à superfície do líquido, substituindo-se pelas mais frias e densas, que vão para o fundo do recipiente. Ex.: cozimento de arroz, feijão, sopas, ou seja, alimentos preparados com algum líquido.
CONDUÇÃOTransmissão do calor de uma molécula a outra por contato (é a forma como se aquecem os metais). Ex.: uso de panelas, chapas, assadeiras, formas, entre outros.
IRRADIAÇÃOTransmissão de calor através de ondas ou partículas (ar e mesmo através do vácuo, raios solares, micro-ondas, raios infravermelhos); ocorre transmissão de energia, não havendo necessidade de suporte material. Para esse tipo de transmissão de calor, o aparelho mais utilizado é o micro-ondas, no qual as ondas eletromagnéticas, geradas pelos magnétrons, penetram no alimento, causando fricção entre as moléculas de água e produzindo calor.
Fonte: ORNELLAS apud MOREIRA, 2016, pág. 28.

Métodos de Cocção

COCÇÃO EM CALOR SECO OU COCÇÃO RÁPIDA
A cocção ocorre sem a presença de água, levando o alimento à desidratação, havendo menor perda de nutrientes.
CALOR SECO COM GORDURAO calor é transmitido ao alimento, de forma indireta, por meio da gordura. Saltear; Fritar (por imersão); Frigir.
CALOR SECO SEM GORDURAO calor é transmitido ao alimento, de forma indireta, por meio de um calor seco e bem quente. Assar no forno; Assar no espeto; Grelhar; Defumar.
COCÇÃO EM CALOR ÚMIDO OU COCÇÃO LENTA
A cocção ocorre por meio de um líquido quente ou vapor. É um processo lento. O líquido ou vapor hidrata o alimento, abrandando as fibras e concentrando as substâncias extrativas.
COCÇÃO EM LÍQUIDOA cocção ocorre com a presença de água ou outro líquido (suco, vinho, leite, cerveja). Há uma maior perda de nutrientes hidrossolúveis que se dissolvem no caldo, alterando o valor nutritivo do alimento. Fervura branda (em fogo lento); Fervura em ebulição; Pocher (escalfar);
COCÇÃO EM VAPORA cocção ocorre por meio do vapor que envolve o alimento. Este método reduz as perdas de nutrientes hidrossolúveis e realça a aparência dos alimentos. Sem pressão; Com pressão; Em papilote.
COCÇÃO EM CALOR EM CALOR MISTO OU COMBINADO
A cocção é a combinação dos dois métodos anteriores ocorre em duas etapas. 1º – Calor seco com gordura. Para “selar” o alimento e impedir a saída dos sucos, mantendo mais úmido e suculento. 2º – Calor úmido. Adiciona-se líquidos aromatizados, em maior ou menor quantidade, dependendo do método utilizado. Brasear; Guisar; Refogar; Ensopar; Estufar; Confitar.
COCÇÃO CONTEMPORÂNEO OU ULTRA RÁPIDO
São métodos de cocção tradicionais realizados em equipamentos modernos, ágeis e econômicos. Em micro-ondas; Em forno combinado; Em fritadeiras com controle digital (gás ou elétrica);Por indução; A vácuo Sous-vide; Flash Oven.
AUXILIARES DE MÉTODOS DE COCÇÃO
São métodos que complementam ou auxiliam a cocção dos alimentos. Branqueamento; Banho-maria; Marinar; Selar; Deglaçar; Gratinar; Empanar; Flambar.

Saiba Mais: Na página “Fontes de Calor e Métodos de Cocção” encontram-se os detalhes de cada um dos processos.

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CAPA: Imagem de Markus Distelrath por Pixabay


REFERÊNCIAS:

MOREIRA, Leise Nascimento. Técnica Dietética. 1ª Edição. Rio de Janeiro: SESES, 2016, 240 Pág.

Pré Preparo

O Pré preparo é a etapa inicial pelo qual os alimentos passam antes de serem consumidos crus ou submetidos à cocção. Estes procedimentos são: a limpeza (limpar, lavar, desinfetar), a divisão (separar, picar, cortar) ou a mistura.

Limpeza

Métodos secos. Ex.: escolher arroz ou feijão.

Métodos úmidos. Ex.: lavar frutas e hortaliças.

Divisão

Existem diversos métodos de fracionar ou dividir um alimento. Para um melhor entendimento segue abaixo tabelas que foram extraídas do livro Técnica Dietética[1].

Separação Simples

MÉTODOAGENTESCARACTERÍSITCAS
CORTARDividir o alimento em pedaços menores, utilizando faca ou lâminas.Todo – pedaços Ex.: carne, frutas.
PICARDividir o alimento em pedaços menores, utilizando meios manuais ou máquinas.Todo- pedaços Ex.: carne moída.
TRITURARDividir o alimento em pequenos pedaços, tornando-o homogêneo, usando meios manuais ou máquinasTrituração         consistência Ex.: grãos duros de cereais.
HOMOGENEIZARDividir o alimento em pedaços muito pequenos por meio de homogeneizadores.Todo – pedaços Ex.: gordura do leite
Fonte: ABREU; SPINELLI; PHILIPPI apud MOREIRA, 2016, pág. 25.

Separação de Sólidos e Líquidos

MÉTODOAGENTESCARACTERÍSITCAS
ESPREMERExtrair líquido de um sólido, utilizando agentes de pressão (espremedor manual ou elétrico).Todo – líquido Ex.: frutas para a produção de sucos.
FILTRAR / COARSeparar partículas sólidas de um líquido através de filtro ou coador.Ex.: filtração: caldos e bebidas. Ex.: coagem: partículas maiores Café e chá.
SEDIMENTARDeixar o líquido em repouso para que as partículas sólidas nele contidas depositem-se no fundo do recipiente.Ex.: farinhas de repouso em um recipiente com água.
CENTRIFUGARSeparar sólidos e líquidos por força centrífuga.Ex.: extrair suco usando a centrífuga.
ESPUMADEIRAEspumadeira.Ex.: Retirar sobrenadante
Fonte: ABREU; SPINELLI; PHILIPPI apud MOREIRA, 2016, pág. 25.

Separação de Sólidos

MÉTODOAGENTESCARACTERÍSITCAS
PELAR OU DESCASCARRetirar a pele ou casca usando ou não instrumento cortante.Ex.: frutas, tomate, berinjela, amendoim.
PENEIRAR OU TAMIZARSeparar partículas sólidas de diversos tamanhos através de peneiras.Ex.: peneirar farinhas.
MOERRetirar partes de um alimento (pode usar moinho).Ex.: separar germes dos cereais.
Fonte: ABREU; SPINELLI; PHILIPPI apud MOREIRA, 2016, pág. 26

Separação de Líquidos

MÉTODOAGENTESCARACTERÍSITCAS
DECANTARSeparar líquidos imiscíveis em razão das diferentes densidades ou sólidos precipitados ou sobressalientes num líquido.Ex.: retirar gordura do caldo de carne.
CENTRIFUGARSeparar líquidos de densidade diferentes usando a centrífuga.Ex.: retirar creme ou gordura do leite.
Fonte: ABREU; SPINELLI; PHILIPPI apud MOREIRA, 2016, pág. 26.

Mistura

MÉTODOAGENTESCARACTERÍSITCAS
MISTURARUnir ingredientes facilmente misturáveis empregando energia mecânica.Ex.: café com leite, salada de frutas, açúcar com suco.
BATERUnir ingredientes de difícil mistura com movimentos rápidos (pode ser manual ou com batedeira).Ex.: claras em neve com açúcar, sopa creme de legumes.
EMULSIONARUnir ingredientes não miscíveis.Ex.: maionese.
AMASSAR / SOVAREmpregada com o objetivo de desenvolver o glúten da farinha na presença de água. Em grandes quantidades, é necessário o uso de equipamentos mecânicos.Ex.: preparar massa do pão.
Fonte: ABREU; SPINELLI; PHILIPPI apud MOREIRA, 2016, pág. 27.

[1] MOREIRA, Leise Nascimento. Técnica Dietética. 1ª Edição. Rio de Janeiro: SESES, 2016, 240. Pág. 25 a 27.

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CAPA: Pré-preparo de batatas. Imagem Eduardo Cicarelli.


REFERÊNCIAS:

MOREIRA, Leise Nascimento. Técnica Dietética. 1ª Edição. Rio de Janeiro: SESES, 2016, 240 Pág.

O Mundo Profissional

de Gastronomia

“Cozinhar não é químico. É uma arte. Requer instinto e bom gosto, em vez de medidas exatas.” Marcel Boulestin

Desenvolver-se como profissional de cozinha é uma viagem que leva a vida toda, exigindo o aprendizado de muitos detalhes e anos de experiência. É desafiador e absorvente. As técnicas específicas e os conhecimentos adquiridos são ininterruptamente testados e melhorados. O treinamento necessário é intrincado e preciso. Decidir onde começar a estudar é tão importante quanto o processo de aprendizado em si. (CHEF PROFISSIONAL/INSTITUTO AMERICANO DE CULINÁRIA[1])

A gastronomia é um dos setores mais cobiçados da atualidade, o que pode ser constatado pelos diversos programas de TV, propagandas, blogs, mídias sociais, entre outros. Os profissionais da área se tornaram celebridades e o setor, glamuroso. Porém, não é a realidade dentro de uma cozinha industrial com seu ritmo frenético e diário de um fogão comercial. O profissional tem que ter em mente que seu trabalho é de serviçal, afinal, estão trabalhando para servir os comensais.

O começo é árduo. Os cozinheiros iniciantes e estagiários cuidam do pré-preparo dos alimentos, ou seja, não cozinham. Além disso, o salário dos recém-formados e principiantes são baixos e os estágios, normalmente, não são remunerados.

Para atingir o ápice, ser um “chefe”, deve-se galgar os degraus da hierarquia na cozinha. Chefe de cozinha não é título e sim, um cargo dentro do estabelecimento. Para alcançar esse cargo é necessário um longo caminho de estudos, experiências e desenvolvimento de várias competências profissionais e pessoais. O chefe é um gestor. Ele deve entender de criação de pratos, técnicas, cardápios, gestão de equipes, compras, custos, marketing e diversas outras áreas que influenciam o funcionamento da cozinha, direta ou indiretamente.

Um excelente começo para os que aspiram ser profissionais é o treinamento formal em uma escola autorizada. O processo envolve passar por diversos tipos de cozinhas (gastronomias), aprendendo ao lado dos chefes que estão envolvidos no dia a dia do ambiente gastronômico.

Para o desenvolvimento futuro, é importante criar uma rede de relacionamentos profissionais e contatos no setor. O caminho do crescimento, que inclui trabalhar com outros, compartilhar informações e comunicar-se com regularidade, vai fazer que seu próprio trabalho esteja sempre renovado e atualizado. Uma rede de contatos também torna muito mais fácil encontrar um novo emprego ou funcionários qualificados.

Aprender novas técnicas para ganhar uma posição competitiva e promover a criatividade deve ser parte permanente do desenvolvimento de sua carreira. Como resultado da frequência aos cursos de educação continuada, aulas práticas e seminários, aparecem oportunidades benéficas e gratificantes.

Esteja sempre em dia com as diversas formas de informação: Leituras variadas (revistas, livros, artigos, web site gastronômicos etc.), viagens a outras culturas, aulas em vídeo entre outros. Para criar a sua identidade e ser um diferencial, o profissional deve buscar inspiração e conhecimento também em outras áreas como as artes, música, política, história, marketing, administração e por aí vai. “O profissional precisa estar apto a ser um cozinheiro, gestor, artista, empreendedor e, principalmente, ter um profundo amor e respeito pela sua profissão.” (VASMON, 2016, p. 23)

A importância deste amplo conhecimento é citado por Vasmon (2016, p. 21):

Em um mercado extremamente competitivo, o papel do profissional de cozinha se torna um fator determinante na manutenção ou não do funcionamento de um estabelecimento, uma vez que sua atuação não se limita ao ato de cozinhar. A cozinha é um sistema orgânico e precisa estar em total sintonia para que tudo ocorra da melhor forma dentro de um restaurante. A cozinha precisa saber, por exemplo, por que um prato voltou do salão, entender por que o cliente não aceitou bem aquele prato. Cabe ao cozinheiro e ao chefe a responsabilidade de orientar a brigada de salão quanto ao cardápio, nos ingredientes e preparo dos pratos.

Valores de um Profissional na Gastronomia

  • Paixão – ame suficientemente, o resto virá. A cozinha é árdua, frenética e estressante, mas, amar aquilo que faz torna tudo mais prazeroso.
  • Prazer – ter prazer pelo que se faz ajuda a cuidar da monotonia que a rotina traz.
  • Compartilhar – treinar e educar são a base da formação de uma boa equipe. Quem trabalha em uma cozinha aprende a ensinar um pouco a cada dia.
  • Audácia – a gastronomia possui infinitas possibilidades. Aceite as mudanças como oportunidades de crescimento e não tenha medo do desconhecido.
  • Respeito – as regras profissionais, as hierarquias, aos companheiros de trabalho e aos clientes.
  • Rigor – com o próprio trabalho, com o valor profissional e com a hierarquia da profissão.
  • Liderança – situações difíceis acontecem todos os dias na cozinha, o profissional saber lidar com elas.
  • Harmonia – com a equipe, com os ingredientes e com a comida.
  • Curiosidade – pesquise sempre, se reinvente e busque a excelência em cada detalhe.
  • Origens – use a sua origem como a mais forte e melhor ferramenta que possui. Tudo o que você é e construiu até o momento melhora sua capacidade de criar comidas afetivas. Cozinhar é um enorme prazer, é distribuir alimento em forma de amor.

Setores de Atuação de um Gastrônomo

Na gastronomia, existe um enorme leque de oportunidades de atuação profissional. Dentre os principais, podemos destacar:

  • Restaurantes;
  • Bares;
  • Cozinha de empresas;
  • Padarias;
  • Confeitarias;
  • Cafés e lanchonetes;
  • Hotéis, spas e Resorts;
  • Navios;
  • Clubes particulares;
  • Fornecimento institucional de refeições (em hospitais, escolas, presídios, linhas aéreas);
  • Serviços de Bufê;
  • Eventos;
  • Delivery;
  • Mídias impressas e digitais;
  • Docência;
  • Entre outras.

[1] Chef Profissional/ Instituto Americano de Culinária; tradução de Renata Lucia Bottini e Márcia Leme –9ª ed. – São Paulo, SP: Editora SENAC, 2017, pag. 56

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CAPA: Imagem de Antony Trivet por Pixabay


REFERÊNCIAS:

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; VASMON; Letícia Petryzyn Pereira. Atuação do Profissional em Gastronomia. 2016. 132 p. Apostila – Graduação em Gastronomia – EaD – Centro Universitário de Maringá – PR.

Chef Profissional/ Instituto Americano de Culinária; tradução de Renata Lucia Bottini e Márcia Leme –9ª ed. – São Paulo, SP: Editora SENAC, 2017, 3270 páginas.

Alho Poró

Nome científico: Allium porrum

Sinônimo: Alho Poró, alho porró, alho francês.

Origem: Já era utilizado pelos antigos Egípcios, Gregos e Romanos que depois levaram para diversas partes da Europa

Alho Poró. Imagem de conger design por Pixabay

Características: Pertence à família Alliaceae, a mesma que as cebolas e os alhos. O alho poró é uma herbácea de cultura bienal, geralmente, cultivada como uma planta anual. Cresce melhor em clima ameno, com temperaturas variando entre 13ºC e 24ºC. A planta cresce, em média de 40 a 60 centímetros de altura e tem entre 3 e 6 centímetros de diâmetro. Suas folhas largas sobrepõem-se umas as outras na base da planta até formarem um talo redondo que, ao encontrar a terra, tornam-se bojudo. Sabor parecido ao da cebolinha verde e alho, porém, mais doce. Pode ser utilizado inteiro, tanto a parte verde como a branca. A parte branca, com cerca de 10 a 20 cm, é um falso caule.

Uso Medicinal: rico em fibras, minerais, vitaminas com propriedades antioxidantes, laxantes e anti-inflamatórias.

Uso Uso na Gastronomia: O alho poró juntamente com a cenoura, o salsão e a cebola compõem o mirepoix. Compõe também o bouquet garni aliado com salsinha, salsão, tomilho e louro. Pode ser consumido cru ou cozido. É importante lavar bem a erva em água corrente antes de adicioná-la as receitas. As folhas verdes podem ser utilizadas em caldos, sopas e sucos. O talo (parte branca) é utilizado em saladas, recheios para cremes, risotos, tortas e salgados. Como tempero pode saborizar todos os tipos de pratos: arroz, saladas, peixes, frango, carnes etc. Alguns chefes também utilizam ainda a raiz frita, o “crsipy de alho-poró”. O alho poró é muito usado na culinária, sendo um ingrediente da famosa sopa francesa vichyssoise.

Curiosidades: 1. Os romanos consideravam o alho poró um vegetal superior, ao contrário da cebola e do alho que eram considerados os alimentos dos pobres.

Benefícios nutricionais e/ou medicinais:

1. Fortalece o sistema imunológico e combate gripes e resfriados: possui propriedades antibacterianas, é rico em alicina, ácido fólico e antioxidantes que ajudam a combater gripes e resfriados, além de fortalecer o sistema imunológico.

2. Melhora a digestão: tem alto teor de fibras que ajuda a manter o bom funcionamento do sistema digestivo. O alho-poró possui prébióticos[1] que contribuem para a saúde da flora intestinal.

3. Auxilia na redução do colesterol e promove a saúde do coração: o alto teor de fibras e alicina presentes no alho-poró ajudam na redução do colesterol ruim (LDL) e na formação de placas arteriais.

4. Contribui para a saúde ocular: o alho-poró contém luteína e zeaxantina – carotenoides – que ajudam a proteger o tecido ocular da oxidação e do envelhecimento.

5. Ajuda na perda de peso: as fibras presentes no alho-poró garantem uma sensação de saciedade por mais tempo, atuando no controle e manutenção do peso. Tem também poder diurético combatendo a retenção de líquidos, o que diminui inchaços pelo corpo e ajuda a eliminar toxinas.

6. Combate o envelhecimento precoce e garante uma pele saudável: o alho-poró é rico em antioxidantes – polifenóis[2] – que combatem os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e doenças crônicas. Também possui o ácido fólico que fortalece a pele, os cabelos e as unhas. Além disso, a combinação de vitaminas A, C e E, e a presença de betacaroteno[3], aumenta a proteção da pele contra os danos causados pela exposição aos raios solares.

7. Ossos mais fortes e ação anti-inflamatória: contém grandes quantidades de vitamina K, que contribui para ossos fortes e saudáveis. A vitamina K presente no alho-poró também auxilia na prevenção de doenças inflamatórias crônicas.

8. Importante na gestação: é rico em ácido fólico, uma vitamina importante para a formação do sistema nervoso do bebê.

Tabela Nutricional do Alho Poró:

Porção de 100 gramas

NUTRIENTEQUANT.UNID.
Calorias (valor energético)61kcal
Água83g
Proteína1,5g
Carboidratos14,15g
Gorduras Totais0,3g
Cálcio59mg
Ferro2,1mg
Magnésio28mg
Fósforo35mg
Potássio180mg
Sódio20mg
Zinco0,12mg
Vitamina A, Retinol83µg
Vitamina B1, Tiamina0,06mg
Vitamina B2, Riboflavina0,03mg
Vitamina B3, Niacina0,4mg
Vitamina B6, Piridoxina0,233mg
Vitamina B9, Ácido Fólico64µg
Vitamina B12, Cianocobalamina0µg
Vitamina C, ácido ascórbico12mg
Vitamina D0mg
Vitamina E, Tocoferol0,92mg
Vitamina K47µg
Gorduras saturadas0,04g
Gorduras monoinsaturadas0,004g
Gorduras poli-insaturadas0,166g
Colesterol0g
Fonte: TABELA DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS. São Paulo: Departamento de Informática em Saúde, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: https://tabnut.dis.epm.br/Alimento
Suco Verde. Imagem de Estefane Santana por Pixabay.

Suco Verde de Alho Poró

É ótimo como depurativo e emagrecedor. O alho-poró é conhecido por ter grande poder desintoxicante, combatendo a inflamação e os radicais livres.

Sopa Vichyssoise

É uma sopa tradicional da culinária francesa, porém, não surgiu na França, e sim, em Nova York. Ela foi criada por um chef francês no hotel Ritz de Nova York e seu nome era Louis Diat (1885-1957).

Sopa Vichyssoise. Imagem Julia Kicova na Unsplash

[1] Prébióticos – São definidos como carboidratos, principalmente fibras, não digeríveis que estimula o crescimento e/ou a atividade de bactérias desejáveis no intestino, beneficiando a saúde.

[2]Polifenóis – São compostos bioativos conhecidos por seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, promovendo diversos benefícios à saúde. São fontes de polifenóis os alimentos de origem vegetal, tais como, sucos, chás, frutas, legumes, leguminosas, cereais, chocolate, café e vinho tinto. Os alimentos mais ricos em polifenóis são: cravo da Índia, menta, cacau em pó, orégano, chocolate escuro (mais de 70% de cacau) etc.

[3]Betacaroteno – É um carotenoide responsável pelo pigmento amarelo-alaranjado e encontra-se em alimentos tais como a cenoura, abóbora, mamão, entre outros. O betacaroteno tem a capacidade de ser transformado em vitamina A, e é algumas vezes chamado de provitamina A.

Temperando e Condimentando

Conceitos e Teorias de Gastronomia

Receitas com Alho Poró

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REFERÊNCIAS:

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. Artigos publicados no site “Conquiste sua vida – taeq”. Disponível em: https://www.conquistesuavida.com.br/tag/alimentacao-saudavel_t4/1

Alteração de Textura

Alteração de Textura

pela Ação do Calor

Além da cor e do sabor, a textura é um atributo de qualidade que influencia na escolha do método de cocção ideal. É importante conhecer a textura original da matéria prima para se definir a melhor forma de cozimento.

Alteração de Textura em Proteínas

Nas carnes é importante ter suculência, o que é sentida pela quantidade de líquido que a carne libera na boca quando mordida. Essa umidade é ocasionada tanto pela gordura marmorizada[1], quanto pela água retida na estrutura muscular.  No processo de cocção, quanto menor o tempo de contato com o calor, menor será a perda de umidade, aumentando a suculência da carne.

A aplicação de calor em uma proteína provoca a contração do músculo gerando um endurecimento progressivo que é influenciado pela perda de água pela evaporação. O resultado desses processos altera a sua cor e a textura. Cortes macios para manter a sua suculência e maciez, devem ser cozidos por tempo curto em calor seco. Já os cortes mais firmes, devem ser cozidos lentamente em calor úmido.

Alteração de Textura em Amidos

Os amidos são um polissacarídeo sem sabor e insolúvel em água fria ou álcool. Eles são carboidratos de cadeias longas formadas pela união de várias moléculas de amilose, que é linear e de Amilopectina, que é ramificada, e ambas possuem a glicose como estrutura fundamental. As proporções destes polissacarídeos nas plantas variam de 5% a 28% de amilose e 72% a 95% de amilopectina. Alimentos que contêm maior teor de amilopectina têm maior capacidade de retenção de líquidos e caldos durante o preparo. As moléculas espessas e ramificadas da amilopectina aprisionam e absorvem a água com muita rapidez.

Eles são os principais carboidratos disponíveis em nossa alimentação e funcionam como fonte de energia, sejam na forma de amido ou de açúcar. O açúcar é o produto da quebra dos amidos, podendo acontecer inclusive durante a cocção. Quanto mais se cozinhar um amido, menor será o tamanho de sua cadeia, ou seja, ele vai se transformando em açúcares menores. Exemplo: ao engrossar um molho com farinha de trigo ou amido de milho, quanto mais tempo ficar no fogo, mais o amido se quebra, tornando-se menos espessa a preparação.

Gelatinização do Amido

A primeira reação que acontece com o amido é o intumescimento, também chamado de inchaço do grânulo. Isso significa que ele tem alto poder de absorção de água[2], podendo crescer três vezes o seu tamanho. A composição do amido pode variar de um vegetal para outro. Ao ser aquecido em presença de umidade, o grânulo de amido, inchado pela absorção da água, forma uma rede tridimensional que se caracteriza com um gel, deixando a preparação mais viscosa. Essa reação recebe o nome de gelatinização do amido e ela é uma das mais importantes da cozinha.

A gelatinização do amido é a responsável pela textura macia obtida pelo cozimento do macarrão, arroz e batata, pela formação do miolo do pão, pela capacidade do roux (mistura de farinha de trigo e manteiga) de engrossar um molho, assim como também pela cremosidade de um risoto.

“A partir da temperatura de 58°C, os amidos começam a se romper liberando cadeias de amilose ao meio aquoso e, posteriormente, amilopectina, fazendo com que toda água livre seja absorvida formando uma pasta viscosa. Responsável pelo espessamento, estrutura e textura.” (DIETÉCNICA FCPUSP, 2013)

Essa reação acontece porque o amido é hidrófilo[3] e a membrana que o envolve torna-se permeável com o aquecimento. A gelatinização se dá entre 50 e 95ºC. para cada tipo de amido, há uma faixa de temperatura de gelatinização diferente:

  • Batata – 62 a 68ºC;
  • Batata doce – 82 a 83ºC;
  • Trigo – 53 a 64ºC;
  • Mandioca – 58 a 70ºC;
  • Arroz – 65 a 73ºC;
  • Milho – 61 a 72ºC.

O máximo de gelatinização atingido é de 95ºC, quando há formação de uma massa translúcida que constitui a goma de amido. Ex.: mingau de aveia, papa de milho. A dureza do gel depende da concentração e do tipo de amido. Com a gelatinização, o amido torna-se mais facilmente digerível.

Os alimentos que possuem amido gelatinizado são bons para se comer quentes, porque a textura é macia e agradável ao paladar. Se o alimento esfriar ocorre uma alteração na textura que gera alguns inconvenientes.

Imagine um pão francês guardado por três dias ou um mingau que esfriou demais ou ainda um risoto ou uma sopa de ervilha conservado na geladeira. Todos estão endurecidos, porque quando o amido gelatinizado vai esfriando, as moléculas vão se contraindo e formando coágulos, perdendo a capacidade de armazenar a água. O resultado é uma preparação dura e soltando água. Esse processo pode ser revertido pela adição de mais água e calor, porém, o resultado nunca será tão macio e sedoso quanto aquele obtido pela gelatinização.

Anéis de cebola empanado com amido frito. Fonte: Imagem de 5506523 por Pixabay

Independentemente do tipo de cocção que se aplicará nos alimentos que contém amido, sempre ocorrerá a redução do tamanho da molécula, porque elas se quebram em sacarídeos menores pela alta temperatura. Esse processo recebe o nome de dextrinização do amido, ou seja, a quebra do amido em dextrinas[4], um amido de tamanho menor e, por isso, mais digerível. Essa reação gera impacto na textura crocante de alimentos fontes de amidos.

Nas cocções em calor seco, a desidratação da água ajuda na promoção de uma crocância específica dos produtos à base de amido. Ex.: Mandiocas e batatas, bem como os empanados. Quanto mais tempo um amido ficar exposto à fritura, mais crocante será a sua textura externa.

Alguns produtos interferem na gelatinização do amido:

  • Ácidos – O ácido produz hidrólise parcial do amido, resultando em dextrinas o que ocasiona uma menor absorção de água e queda na viscosidade da pasta, pois atua sobre a membrana rompendo-a ou modificando-a. Um molho engrossado com farinha ou amido ficará fino se contiver ácidos (ex.: vinagre etc.). O acréscimo de ácido antes da cocção reduz a viscosidade e produz um gel mais macio, devendo o ácido ser acrescentado na pasta de amido já cozida.
  • Gorduras – A gordura impede ou retarda o inchamento dos grãos porque o reveste e diminui a absorção de água. Ex.: arroz refogado. A quantidade de amido não gelatinizado é maior nos alimentos com alto teor de gordura.
  • Açúcar e sal – As altas concentrações de sal e açúcar diminuem a velocidade de gelatinização, a viscosidade máxima alcançada e a força dos géis. Quanto mais for adicionado açúcar, mais transparente será o gel formado. O nível muito elevado de açúcar ocasiona a formação de um xarope viscoso em vez de gel. O açúcar deve ser adicionado no final da preparação.

[1] Gordura marmorizada é a gordura entremeada no músculo.

[2] O amido incha em água aquecida.

[3] Hidrófilo – que absorve bem a água.

[4] As dextrinas são um grupo de carboidratos de baixo peso molecular produzidas pela hidrólise do amido. São amplamente empregadas nas indústrias devido à sua atoxicidade.

Para saber mais sobre Gastronomia acesse: Conceitos e Teorias


Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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REFERÊNCIAS:

DIETÉCNICA FCPUSP. Dextrinização e Gelatinização do Amido. Blog Dietécnica, 23, dezembro, 2013. Disponível em: http://dietecnica.blogspot.com.br/2013/12/dextrinizacao-e-gelatinizacao-do-amido.html Acesso em: 11/11/2015, às 21h15.

COELHO, Marina; OLIVEIRA, Thais. Amido. Blog Nutriagindo, 23, novembro, 2014. Disponível em: http://nutriagindo.blogspot.com.br/2014/11/amido.html Acesso em: 11/11/2015, às 21h.

LOPES, Marcio. Amidos. Saiba como ele funciona na cozinha. Blog Grand’s chef’s, 07 fervereiro, 2011. Disponível: http://grandschefs.blogspot.com.br/2011/02/amidos-saiba-como-ele-funciona-na.html Acesso em 10/11/2015, às 11h50.

Alteração de Cor e Sabor

pela Ação do Calor

Os atributos de uma boa refeição estão associados as reações positivas que provocam em nossos sentidos, sendo a visão o primeiro a ser utilizado. Por isso, costuma-se dizer que comemos primeiramente com os olhos. As mudanças de cor e sabor sofridas pela ação do calor são reações químicas que geram efeitos físicos nos alimentos.

A seguir mostrarei dois processos que modificam a cor e o sabor: A Reação de Maillard e a Caramelização. O conhecimento destas reações facilitará na escolha do melhor método de cocção para cada alimento.

Reação de Maillard

A Reação de Maillard é a responsável pela cor marrom (dourada) brilhante e pelo sabor nas carnes grelhadas, fritas e assadas. Essa coloração é causada por um pigmento chamado melanoidina que é formado a partir de uma reação complexa entre aminoácidos das proteínas e os açúcares armazenados nas células musculares[1]. Essa reação é muito comum na cozinha, em especial quando alimentos que contenham esses dois nutrientes são aquecidos a pelo menos 140ºC.

Reação de Maillard nas Carnes. Imagem de Bruno por Pixabay

As principais fontes de proteínas na alimentação são carnes, aves, pescados, ovos e laticínios. Além de proteínas, estes alimentos contêm outros nutrientes, tais como carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. Ao colocar um bife em uma frigideira, sem adicionar mais nada, ao final do preparo estará dourado, porque parte da proteína reage com parte do açúcar, ambos presentes na composição da carne. Porém, se quiser aumentar a coloração, pode adicionar uma pitada de açúcar, que aumentará o poder reativo da reação de Maillard deixando ainda mais dourado.

A reação de Maillard não é somente gerar cor. Ela é muito mais que isso. Segundo Frade (2013), […] “sua função principal é gerar sabor e aroma à comida, e por isso, costumam dizer que ‘reação de sabor’ é o significado mais adequado”. Já foram identificados mais de 200 compostos de aromas associados a reação de Maillard.

Todos os alimentos sofrem efeito da reação de Maillard, porém os açúcares e os aminoácidos vão produzir sempre sabores diferentes, o que difere o sabor de churrasco da carne, da crosta do pão etc. A gordura presente na carne é também elemento fundamental para gerar sabor, e jamais pode ser descartada.

Os dois principais fatores da reação de Maillard se baseiam na secura da superfície do alimento, e na temperatura. O cozimento sendo feito em alta temperatura, aumenta a velocidade das reações químicas, acelerando a evaporação da água da superfície do alimento, e consequentemente provocando a reação de Maillard.

A reação de Maillard é a explicação para aquele dourado na carne, a crosta torrada no pão, o odor de tostado, e os diversos aromas que os alimentos produzem durante a cocção. (FRADE, 2013)

Caramelização

Similar à reação de Maillard, a caramelização ocorre quando um alimento contendo açúcares (carboidratos) é aquecido a uma temperatura acima de 170ºC e sem a presença de proteínas. A caramelização é o escurecimento dos açúcares, dos vegetais “sautée” (nas batatas etc.) e da cor dourada na casca dos pães.

Quando o açúcar (sacarose) é aquecido à 140ºC, ele derrete em um líquido incolor. Se continuar sendo aquecido, o açúcar adquire um tom amarelo, marrom-claro, e assim, sucessivamente, vai adquirindo um tom cada vez mais escuro. Neste processo o açúcar ganha um sabor especial, suavemente amargo e cada vez mais acentuado. Na preparação do caramelo, a temperatura não pode ser superior à 200ºC.)

 A caramelização empregada na gastronomia. Fonte: Imagem de Alfonso Charles por Pixabay
Pontos de Caramelização do Açúcar

[…] o corante caramelo ocupa lugar de destaque, sendo um dos mais antigos aditivos utilizados para a coloração do produto final, obter uma cor que pode variar do amarelo-palha à marrom escuro até quase negra. Com uma produção anual superior a 200.000 toneladas/ano, o corante caramelo representa cerca de 90% em peso de todos os corantes adicionados em alimentos e bebidas consumidos no mundo. No Brasil, o uso do corante caramelo é permitido, dentre outras aplicações, em molhos, gelados comestíveis, biscoitos, doces, bebidas alcoólicas e refrigerantes, destacando-se principalmente no sabor cola e guaraná. […] Na América do Norte o uso do corante caramelo concentra-se em mais de 80% do consumo em bebidas não alcoólicas. […] (CORANTES. Revista Food Ingredients Brasil, 2009).

Ao cozinhar alimentos que contenham proteínas e açúcares, ou quando se adiciona açúcar, ocorrem as duas reações – Maillard e Caramelização –, cada uma em sua temperatura mínima. Exemplos:

Quando se adiciona manteiga em um caramelo de açúcar, o processo de douramento da calda é acelerado, porque a manteiga possui proteína que reagindo com açúcar forma o pigmento ao atingir a temperatura de 140ºC. Sem a adição da manteiga, o caramelo somente atingirá a cor desejada a 170ºC.

Os vegetais contêm pouca proteína e a cor dourada característica de uma batata frita, por exemplo, é obtida através da caramelização. Este mesmo processo acontece com a cebola. Porém, quando dourar a cebola em manteiga (proteína) – ou adicionar manteiga no azeite – a cor dourada aparece mais rapidamente, ou seja, a reação de Maillard acontece primeiro.


[1] Os músculos têm reservas de um carboidrato complexo formado de moléculas de glicose chamado glicogênio.

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Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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REFERÊNCIAS:

FRADE, Pedro. Reação de Maillard…cor, aroma e sabor aos alimentos. Blog Petit Gastrô, 31, maio, 2013. Disponível em: https://www.petitgastro.com.br/reacao-de-maillard-cor-aroma-e-sabor-aos-alimentos/ Acesso em: 10/11/2015 às 12h05.

CORANTES. Revista Food Ingredients Brasil, ed.nº 9, p. 45, 2009. Disponível em: http://www.revista-fi.com/materias/106.pdf Acesso em: 10/11/2015, às 11h34.

FRADE, Pedro. Reação de Maillard…cor, aroma e sabor aos alimentos. Blog Petit Gastrô, 31, maio, 2013. Disponível em: https://www.petitgastro.com.br/reacao-de-maillard-cor-aroma-e-sabor-aos-alimentos/ Acesso em: 10/11/2015 às 12h05.

GISSLEN, Wayne. [tradução: Lorecy Scavarazzini, Maria Augusta R. Tedesco e Marlene Deboni]. Culinária Profissional. 6ª Ed. Barueri, SP: Editora Manole, 2012.

Efeito do Calor

nos Alimentos

Os alimentos são compostos de carboidratos, proteínas, gorduras, água, vitaminas, sais minerais, pigmentos (cor) e elementos aromáticos. Quando é aplicado calor a cada um destes componentes modifica-se o formato, a textura, a aparência, o aroma, o sabor, o volume, a consistência e a cor destes alimentos. A maneira de cozinhar cada insumo pode favorecer ou causar perdas de nutrientes.

Por exemplo, as batatas não podem ser consumidas cruas, pois elas têm uma substância tóxica, a solanina, que é eliminada durante a cocção. Além disso, durante o cozimento o calor quebra as cadeias de amido, deixando a batata mais macia e digerível. Porém, alguns vegetais devem ser consumidos crus, para evitar a perda de nutrientes e a mudança no sabor e na textura, como por exemplo, o alface que quando aquecido perde a crocância e a coloração verde fica amarronzada.

Outro exemplo de melhorias com a cocção são as carnes. A mudança na aparência, sabor e textura após o cozimento tornam as carnes mais agradáveis e apetitosas. Além disso, o calor altera as cadeias longas e entrelaçadas das proteínas, tornando-as mais digeríveis. A digestibilidade de amido e das proteínas são favorecidas com o cozimento, ou seja, o nosso organismo digere melhor as fontes de nutrientes quando estão cozidos.

É importante entender as modificações que cada componente do alimento sofre ao ser submetido ao calor e controlar esse processo para que se atinja o objetivo desejado.

Carboidratos

Os carboidratos são os amidos e os açúcares. Eles estão presentes de formas diferentes nos alimentos e podem ser encontrados em frutas, vegetais, grãos, feijões e todos os tipos de amêndoas. As carnes também contêm pequena quantidade de carboidratos.

Frutas e fibras vegetais – Fibra é o nome de um grupo complexo de substâncias que dão estrutura e firmeza às plantas. Estas fibras não são digeridas pelo organismo humano. O amolecimento das frutas e vegetais ao cozinhar é, em parte, a destruição das fibras.

A quantidade de fibras varia de acordo com:

  • O vegetal. Ex.: espinafre e tomate contêm menos fibras do que as cenouras.
  • As suas características. Ex.: cenouras velhas são mais fibrosas que cenouras novas.
  • Cada parte do vegetal. Ex.: a ponta do aspargo contém menos fibra que seu caule, portanto é mais macia e cozinha mais rapidamente.

As fibras se tornam firmes (duras) na presença de:

  • Ácidos: o contato com ácidos aumenta o tempo de cocção das fibras.
  • Açúcares: eles fortalecem a celulose, deixando-a mais firme. Frutas cozidas com açúcar guardam melhor a sua forma do que as frutas cozidas sem o açúcar.

As fibras se tornam mais tenras (macias) na presença de:

  • Calor.
  • Produtos alcalinos. (Ex.: bicarbonato de sódio). Porém, deve-se evitar cozinhar vegetais, porque murcham e perdem vitaminas.

Proteínas

São macromoléculas formadas por pequenas moléculas de aminoácidos ligados entre si por ligações peptídicas[1] e que desempenham diversas funções no organismo: hormonal, enzimática, estrutural, imunológica, nutritiva e transporte citoplasmático.

Alguns aminoácidos são produzidos pelo próprio corpo humano, outros têm que ser adquiridos através da ingestão de alimentos, que são em sua grande parte de origem animal: carnes, ovos, leite e seus derivados. Uma pequena quantidade de aminoácidos pode ser encontrada em feijões, grãos e em todo tipo de amêndoa.

Nos animais existe um tipo de proteína que forma o tecido conjuntivo e as carnes com grande concentração desse tecido têm a consistência mais resistente, ou seja, são mais duras.

Com o calor, as proteínas podem:

1 – Coagular: As proteínas quando aquecidas, tornam-se firmes ou coagulam. Ao aumentar a temperatura, elas encolhem, tornam-se firmes e perdem líquido. Com a exposição ao calor excessivo, enrijecem e secam. A maioria das proteínas coagulam ou são cozidas entre 71°C e 85°C.

2 – Dissolver: Os tecidos conjuntivos podem ser dissolvidos quando cozidos lentamente em um líquido. Cozinhando carnes duras convenientemente, elas podem ficar mais macias. A adição de ácidos tais como vinagre, suco de limão, de abacaxi e produtos de tomate, podem provocar a aceleração da coagulação e ajudar a dissolver alguns tecidos conectivos.

Gorduras

As gorduras estão presentes nas carnes, ovos, leite e seus derivados, todas as amêndoas e grãos, e em uma pequena quantidade nos vegetais e frutas. As gorduras são também importantes como meio para o cozimento, por exemplo, fritura.

As gorduras podem ser sólidas ou líquidas na temperatura ambiente. As líquidas são chamadas de óleos. As gorduras sólidas quando aquecidas derretem, mudando para o estado líquido. O ponto de fusão das gorduras sólidas é variável.

Quando a gordura é aquecida, ela começa a quebrar, quando muito quente, ela se deteriora rapidamente e começa a queimar, produzindo fumaça. A temperatura em que isso acontece chama-se ponto de fumaça e varia em diferentes gorduras. Uma gordura estável com elevado ponto de fumaça é importante para frituras em alta temperatura.

Água

A água, quando submetida ao calor, evapora. Todos os alimentos contêm água em sua composição, em maior ou menor proporção. Quando a temperatura interna dos alimentos aumenta, as moléculas de água evaporam, causando a desidratação.

Sais Minerais, Vitaminas, Pigmentos e Aromáticos

Os sais minerais e as vitaminas são importantes para o valor nutritivo do alimento. Os pigmentos (cor) e os componentes aromáticos são importantes para o alimento ficar apetitoso, então é importante preservá-los. Pode-se perdê-los durante o cozimento. Vitaminas e pigmentos podem ser destruídos pelo calor e pelo longo cozimento. Desta forma, é importante usar o método adequado para cada alimento.

Tempo de Cocção

Para aquecer um alimento até a temperatura desejada, conseguindo as alterações necessárias, demanda tempo. Três fatores determinam este tempo:

  • Temperatura de cocção – É a temperatura utilizada nos diversos métodos de cocção (da superfície de uma chapa, da gordura em uma fritadeira, do líquido em que um alimento está sendo cozido etc.)
  • Velocidade da transferência de calor – Cada método de cocção fornece calor a uma taxa diferente.

O ar não é um bom condutor de calor, enquanto o vapor é muito eficiente. Um jato de vapor (100ºC) queima a mão com facilidade, porém é possível colocar a mão dentro de um forno a 260ºC. É por isso que demora mais assar batatas do que as cozinhar no vapor.

Um forno de convecção cozinha mais rápido do que um forno convencional, mesmo que ambos estejam ajustados para a mesma temperatura. O movimento forçado do ar transfere o calor com mais rapidez. (GISSLEN, 2012)


Na gastronomia existem algumas mudanças nos carboidratos e proteínas, que são causadas pelo calor, que é muito importante conhecer. São elas:


[1] ligação peptídica é uma ligação química que ocorre entre duas moléculas quando o grupo carboxilo de uma molécula reage com o grupo amina de outra molécula, liberando uma molécula de água (H2O). Isto é, uma reação de síntese por desidratação que ocorre entre moléculas de aminoácidos.

Para saber mais sobre Gastronomia acesse: Conceitos e Teorias


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FONTE IMAGENS:

CAPA: Imagem de timur saglambilek por Pexels.

CARAMELIZAÇÃO: Imagem de Alfonso Charles por Pixabay

GELATINIZAÇÃO: Imagem de 25423089 por Pixabay

REAÇÃO DE MAILLARD: Imagem de Bruno por Pixabay


REFERÊNCIAS:

ARAÚJO, WILMA M.C. et al. Alquimia dos alimentos. Brasília, Editora Senac-DF, 2009.

FREIRE, Rosana Benez Martins. Métodos de transformação dos alimentos. Apostila Universidade Anhembi Morumi.

FUNDAMENTOS DA COZINHA PROFISSIONAL. 2012. 222 f. Apostila – Curso de Tecnologia em Gastronomia – Universidade Anhembi Morumbi, SP, 2012

GISSLEN, Wayne.[tradução: Lorecy Scavarazzini, Maria Augusta R. Tedesco e Marlene Deboni]. Culinária Profissional. 6ª Ed. Barueri, SP: Editora Manole, 2012.

MOREIRA, Leise Nascimento. Técnica Dietética. 1ª Edição. Rio de Janeiro: SESES, 2016, 240 pág.

Características

dos Alimentos

Cada alimento têm as suas características próprias que podem sofrer alterações quando preparados. Por isso, durante a produção de um prato é importante conhecer essas características, tanto do alimento isolado quanto do conjunto, ou seja, a receita finalizada.

Características Físicas

Pela clareza de informação, novamente faço uso de uma tabela extraída do livro Técnica Dietética[1].

ASPECTOConsiste em verificar a aparência do alimento.
CORDeve-se à presença de pigmentos naturais (próprios do alimento – clorofilas, mioglobina, hemoglobina, antocioninas, flavonoides, taninos, betalaínas, quinonas, xantonas, carotenoides, riboflavina, entre outros) ou artificiais.
Os pigmentos naturais são caracterizados pela cor, fonte, solubilidade e estabilidade.
SABOR E AROMA (FLAVOR OU SABOROMA)Resulta da presença de um grande número de substâncias nos alimentos e da percepção de sabor e odor que interagem com processos psicofisiológicos complexos, variando de um indivíduo para outro.
Os receptores do sabor estão localizados na língua (papilas gustativas), variando a localização para cada tipo de sabor, sendo 4 os básicos: salgado, doce, ácido, amargo e um quinto chamado “umami”.
Atenção: Temperaturas extremas reduzem temporariamente a sensibilidade
aos sabores.
Lembre-se: 90% daquilo que consideramos como sabor na verdade é cheiro.
CONSISTÊNCIARefere-se ao estado físico que o alimento ou preparação se encontra à temperatura ambiente. Pode ser classificada em:
Líquida: composta por líquidos em estado natural, de pouca viscosidade em temperatura ambiente e de fácil digestão, ex.: infusões fracas, sucos coados, sopas coadas e/ou liquidificadas.
Semilíquida: Composta de alimentos ou preparações que contêm líquidos e substâncias em dispersão grosseira. ex.: líquidos espessos, sucos, papas, entre outros.
Branda ou pastosa: reduz o trabalho ou tempo digestivo, ex.: purê, bolos, fruta sem casca, papas, arroz bem cozido, entre outros.
Normal ou sólida: alimentos de consistência firme ou duros. ex.: carne assada, verdura crua, fruta com casca.
TEXTURASignifica como percebemos ou como medimos indiretamente os elementos estruturais presentes nos alimentos, quando submetidos a deformações mecânicas. Os elementos utilizados para avaliar a textura são: Viscosidade, plasticidade, dureza, resistência à tração, ao corte e à compressão,
pressão necessária para produzir um líquido.
Fonte: ORNELLAS apud MOREIRA, 2016, pág. 20.

Características Químicas

Os nutrientes que integram os alimentos podem se alterar fundamentalmente pelas operações e pelos tratamentos empregados na cozinha e determinam os processos a serem executados no alimento (ORNELAS apud MOREIRA, 2016).

Características Biológicas

É a propriedade que o alimento tem de se modificar por ação de fermentos, enzimas ou bactérias, adquirindo novas características de sabor, aroma, digestibilidade e valor nutritivo (ORNELAS apud MOREIRA). Ex.: uva transformada em vinho; leite transformado em queijo.

Características Físico-Químicas

Envolve a presença de determinado nutriente e a composição químicas dos alimentos.

SOLUBILIDADERefere-se à capacidade de um alimento em se dissolver em outro alimento. Ex.: farinha de trigo em leite; leite em pó, açúcar ou café solúvel em água.
TERMOLABILIDADE E TERMOESTABILIDADEÉ a temperatura em graus que o alimento apresenta e tem influência sobre o sabor. Depois da ingestão, os alimentos tendem a equilibrar a sua temperatura com a do organismo, ao passar pela boca e pelo esôfago. A rapidez com que isto ocorre varia com a consistência do alimento e a forma como são ingeridos.
Classificação: frio, morno, gelado, ambiente e quente.
HIDRATAÇÃOCapacidade do alimento em adsorver líquido.
GELATINIZAÇÃOCapacidade do alimento em formar gel ou gelatina, ex.: gelatinização do amido.
COAGULAÇÃOCapacidade do alimento de converter-se em sólido, ex.: coagulação do leite, do ovo ou das carnes.
HIDRÓLISE POR AÇÃO DE COCÇÃO, ENZIMAS, BACTÉRIAS OU ÁCIDOSCapacidade do alimento de hidrolisar. A reação de hidrólise consiste na reação da água com fixação de íons de hidrogênio ou íons hidroxila, provocando a quebra do nutriente, ex.: a proteína do leite é hidrolisada pela ação de bactérias na produção de iogurte.
EMBEBIÇÃOAto ou efeito de embeber; impregnação; absorção de um líquido por um sólido poroso.
Fonte: ORNELLAS apud MOREIRA, 2016, pág. 23.

Além das propriedades relacionadas, há também as diversas propriedades relacionadas aos condimentos, o poder edulcorante dos açúcares, a ação estimulante de purinas, sais e ácidos sobre a mucosa digestiva e, ainda, a ação inibidora sobre a mucosa digestiva produzida pela ingestão de gorduras (ORNELAS apud MOREIRA, 2016).

Estado Físico

Além dos estados líquido e viscoso, o estado físico do alimento pode ser caracterizado pela existência de partículas, micelas, dispersas em uma fase contínua e outra descontínua. Neste caso teremos os seguintes estados coloidais:

• Emulsão: Caracteriza-se por uma fase miscelar líquida e uma fase dispersante líquida. Ex.: leite, creme de leite, maionese, entre outros.

• Suspensão/ solução: Caracteriza-se por uma fase miscelar sólida e uma fase dispersante líquida (geleias, gorduras, pastas, purês).

• Estado sólido: Caracteriza-se por uma fase miscelar líquida e uma fase dispersante sólida (manteiga, margarina chocolate) ou por fases miscelar e dispersante sólidas (caramelos de açúcar parcialmente cristalizados).

• Espumas: Caracteriza-se por uma fase miscelar gasosa e uma fase dispersante líquida (espuma de cerveja, clara de ovo em neve, cremes batidos). Há também as espumas sólidas caracterizam-se por uma fase miscelar gasosa e uma fase dispersante sólida (pão, bolo, sorvete, picolé).

• Aerossol: Caracteriza-se por uma fase miscelar sólida e uma fase dispersante gasosa (humos) ou por uma fase miscelar líquida e outra dispersante gasosa (neblina/ névoa).

(ORNELLAS apud MOREIRA, 2016)


[1] MOREIRA, Leise Nascimento. Técnica Dietética. 1ª Edição. Rio de Janeiro: SESES, 2016, 240. Pág. 25 a 27.

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Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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REFERÊNCIAS:

MOREIRA, Leise Nascimento. Técnica Dietética. 1ª Edição. Rio de Janeiro: SESES, 2016, 240 Pág.

Técnica Dietética

Técnica

Dietética

“A técnica dietética é uma disciplina baseada em ciências exatas que estuda as operações tecnológicas pelas quais os alimentos passam após cuidadosa seleção, além das modificações que estes sofrem durante as etapas de pré-preparo e preparo para o consumo, visando preservar o valor nutricional e obter os caracteres sensoriais desejados, tanto nas atividades de avaliação do consumo quanto no planejamento da dieta de indivíduos e grupos.” (ORNELAS; PHILIPPI; DOMENE apud MOREIRA, 2016).

Para um melhor entendimento dos conceitos que serão apresentados posteriormente, ressalto a tabela abaixo extraída do livro Técnica Dietética[1].

ALIMENTOSToda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, pastoso, líquido ou qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo vivo os elementos necessários à sua formação, desenvolvimento e manutenção (ORNELAS, 2006).
NUTRIENTESQualquer substância normalmente consumida como um constituinte do alimento e que fornece energia ou é necessária para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde; ou cuja deficiência resulta em mudanças bioquímicas e fisiológicas no organismo (Portaria nº. 31/98 da ANVISA). São classificados em: macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas, minerais e fibras).
CULINÁRIAÉ a arte de modificar os alimentos, tornando-os mais atrativos sensorialmente e de mais fácil digestão (ORNELAS, 2006).
GASTRONOMIAÉ a arte de combinar os alimentos e extrair deles o sabor soberano, buscando acentuar os sentidos. De acordo com Freixas e Chaves (2008), a origem da palavra vem do grego gaster (estômago) e nomo (lei), que pode ser literalmente traduzida por “as leis do estômago”.
Fonte: ORNELLAS; FREIXA; CHAVES apud MOREIRA, 2016

Características dos Alimentos

Cada alimento têm as suas características próprias que podem sofrer alterações quando preparados. Por isso, durante a produção de um prato é importante conhecer essas características, tanto do alimento isolado quanto do conjunto, ou seja, a receita finalizada.

Pré Preparo

O Pré preparo é a etapa inicial pelo qual os alimentos passam antes de serem consumidos crus ou submetidos à cocção. Estes procedimentos são: a limpeza (limpar, lavar, desinfetar), a divisão (separar, picar, cortar) ou a mistura

Preparo dos Alimentos

Os alimentos, após o pré-preparo necessário, estão prontos para serem submetidos a diversos métodos de cocção de acordo com os objetivos a serem atingidos.


[1] MOREIRA, Leise Nascimento. Técnica Dietética. 1ª Edição. Rio de Janeiro: SESES, 2016, 240. Pág. 25 a 27.

Para saber mais sobre Gastronomia acesse: Conceitos e Teorias


Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora, A Terapeuta, A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na páginaConceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com asReceitaspostadas. Todas as receitas foram previamente testadas.


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FONTES IMAGENS:

CAPA: Imagem de Sabrina Ripke por Pixabay

CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS: Imagem de Григорий Калюжный por Pixabay

PRÉ PREPARO: Imagem Eduardo Cicarelli.

PREPARO: Imagem de Markus Distelrath por Pixabay

Cebolinha

Nome científico: Allium fistulosum

Sinônimo: Cebolinha verde

Origem: Ásia Central, China. O mais antigo indício do cultivo da cebolinha data cerca de 3.200 anos a.C. na civilização persa

Características: planta herbácea, perene, da mesma família que a cebola, o alho e o alho poró. Os bulbos da cebolinha são brancos e alongados e suas folhas são verdes, compridas e ocas, em forma de cones. O sabor é um cruzamento entre uma cebola suave e alho suave.

Cebolinha Verde. Imagem de Alicja por Pixabay.

Uso medicinal: é utilizada no tratamento de doenças da vista e, princi palmente, de resfriados e gripes, atuando como expectorante, antipirética e analgésica. Possui também ação bactericida, fungicida, neuro-estimulante e repelente.

Uso na Gastronomia: pode ser usada como tempero para diversas receitas. É muito utilizada na cozinha oriental agregando sabor em legumes fritos, saladas e sopas especiais. Pode ser utilizada para temperar manteigas, patês, cuscuz, omeletes etc. A salsinha é bastante utilizada na culinária típica brasileira. Junto com a salsinha forma o cheiro verde. Pode ser também misturada com coentro.

Cebolinha Francesa (Cebolete). Imagem de Squirrel_photos por Pixabay.

Nome científico: Allium schoenoprasum

Sinônimo: Cebolinha francesa (Cebolete)

Origem: Europa

Características: planta herbácea, perene, condimentar e ornamental de origem europeia. É também bulbosa, com bulbo alongado, pequeno e branco. Apresenta coloração verde escura, com folhas bem finas e formam tufos bem fechados. São menores e mais delicadas que a cebolinha verde e possuem sabor mais delicado.

Uso na Gastronomia: são frequentemente utilizadas em saladas, pratos com ovos e com queijos, peixes, sopas, patês e molhos. A cebolinha francesa junto com o estragão, cerefólio e a salsa compõem o tempero Ervas Finas Francesas. É também usada na decoração de pratos, por sua delicadeza.

Benefícios nutricionais e/ou medicinais:

1. Evita doenças ósseas, neurais e Alzheimer: a cebolinha possui uma elevada concentração de vitamina K que ajuda a manter a integridade dos ossos evitando doenças como a osteoporose. Ela também atua na prevenção de danos neurais e ao cérebro, evitando o Mal de Alzheimer.

2. Previne infecções, aumentando a imunidade: é rica em alicina[1] que ajuda a prevenir e tratar a gripe, além de fortalecer o sistema imunológico.

3. Promove a saúde do coração: a alicina e o flavonoide quercetina[2] presentes na cebolinha, ajudam a controlar e reduzir os níveis de colesterol LDL e a placa arterial. A cebolinha também contém potássio que desempenha um papel importante no controle da pressão arterial.

4. Contribui para a saúde ocular: a cebolinha contém carotenoides[3] – zeaxantina[4] e luteína[5] – que reduzem o estresse oxidativo nos olhos, retarda o desenvolvimento de catarata e mantém a visão saudável na velhice.

5. Combate os problemas digestivos: alguns componentes encontrados na cebolinha aliviam os desconfortos digestivos.

Tabela Nutricional da Salsinha:

Porção de 100 gramas

NUTRIENTEQUANT.UNID.
Calorias (valor energético)32Kcal
Água89,83g
Proteína1,83g
Carboidratos0,19g
Gorduras Totais7,34g
Fibra Alimentar2,6g
Cálcio72mg
Ferro1,48mg
Magnésio20mg
Fósforo37mg
Potássio276mg
Sódio16mg
Zinco0,39mg
Vitamina A, Retinol50µg
Vitamina B1, Tiamina0,055mg
Vitamina B2, Riboflavina0,08mg
Vitamina B3, Niacina0,525mg
Vitamina B6, Piridoxina0,061mg
Vitamina B9, Ácido Fólico64µg
Vitamina B12, Cianocobalamina0µg
Vitamina C, ácido ascórbico18,8mg
Vitamina D0µg
Vitamina E0,55mg
Vitamina K207µg
Gorduras saturadas0,032g
Gorduras monoinsaturadas0,027g
Gorduras poli-insaturadas0,074g
Colesterol0mg
Fonte: TABELA DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS. São Paulo: Departamento de Informática em Saúde, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: https://tabnut.dis.epm.br/Alimento

Chá de Cebolinha

O chá de cebolinha aumenta a imunidade; auxilia na saúde óssea; reduz os níveis de colesterol; regula o sono; combate o envelhecimento precoce; combate fungos, vírus, bactérias e parasitas; ajuda no processo de aprendizado e na memória; reduz o risco de catarata e reduz o risco de doenças cardíacas e AVC.


[1] Alicina – é um dos principais componentes ativos do alho e é produzida quando o alho é picado ou amassado. A alicina tem propriedades antibacterianas, antivirais, antiparasitárias e antifúngicas. Ela está presente também na cebola e em outros membros da família Allioideae, porém, seus níveis são mais elevados no alho.

[2] Quercetina – É um flavonoide com uma potente ação antioxidante.

[3]Carotenoides – São substância responsáveis pelas cores vibrantes dos alimentos, como o amarelo, o laranja e o vermelho, presentes nas frutas e vegetais. Quando ingeridos têm uma ação antioxidante, ajudando a combater os danos causados pelos radicais livres. Ajudam a prevenir doenças e regular o sistema imunológico.

[4] Zeaxantina – É um carotenoide que combate os danos causados pelos radicais livres e, nos seres humanos, são encontradas nos olhos, em uma região chamada de mácula, que é responsável pela visão central.

[5] Luteína – É um antioxidante carotenoide. Além de estar presente nos olhos juntamente com o carotenoide zeaxantina, também é encontrada no colo do útero, na mama, no sangue, no cérebro e na pele. Combate os danos causadas pelos radicais livres.

Temperando e Condimentando

Conceitos e Teorias de Gastronomia

Receitas com Cebolinha

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REFERÊNCIAS:

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. Artigos publicados no site “Conquiste sua vida – taeq”. Disponível em: https://www.conquistesuavida.com.br/tag/alimentacao-saudavel_t4/1

Facas:

Tipos

“Há uma extensa gama de facas para desempenhar funções específicas. À medida que você vai trabalhando em cozinhas profissionais seu kit de facas tende a crescer, abrangendo não só as básicas – faca de chef ou faca francesa, faca de desossar, faca de legumes, faca trinchante –, mas também várias facas especiais”. Livro Chef Profissional (2017, p. 132)

A seguir explicação sobre as facas mais utilizada na cozinha profissional. Todas as fotos a seguir foram retiradas do site da Tramontina[1].

Faca do Chef (Chef’s Knife):

É uma faca versátil, planejada para atender a diversas atividades da cozinha: picar, cortar (pedaços grandes a miúdos), filetar e fatiar. Ela é ideal para uso diário para todo o tipo de alimentos e temperos, desde amassar o alho até cortar medalhões com facilidade. A faca de 8 polegadas é a mais apropriada, porém, existem facas de Chef nos tamanhos de 6 a 12 polegadas. A ponta é ligeiramente curvada, permitindo que a faca deslize na tábua enquanto corta o alimento.

ANATOMIA:

1. A ponta da faca é utilizada para cortar cebola, alho, cogumelos e outros vegetais que necessitam de cortes finos.

2. A parte do meio da faca é usada para cortar alimentos duros e macios. O formato ligeiramente convexo é ideal para cortar salsinha, cebolinha, alho poró etc.

3. A parte de trás da lâmina (o calcanhar) da faca é utilizado para cortar os alimentos com alta resistência como produtos congelados.

4. O dorso (ou espinha) da faca, pela sua resistência, pode quebrar pequenos osso ou abrir conchas de crustáceos. Obs.: não utilize a faca de chef para cortar ossos. Existe uma faca especifica par isso, o cutelo.

5. A parte larga da lâmina serve par achatar alimentos como alho, nozes e bifes. Deve também ser utilizada como espátula para movimentação e manipulação dos ingredientes cortados.

Faca Santoku:

Faca Santoku. Fonte: http://www.tramontina.com.br

Uma faca de lâmina larga que está se tornando cada vez mais popular como substituta da faca do chef. A Santoku é de origem japonesa. Seu nome significa “três virtudes” ou “três usos”, referindo-se às três tarefas que essa faca desempenho muito bem: cortar, picar e fatiar. A Santoku se apresenta nos tamanhos de 6 e 7 polegadas.  

Faca para Legumes ou Faca de Ofício:

A segunda faca mais importante e indispensável na cozinha é a faca de legumes ou faca de ofício. É uma faca pequena de 2 a 4 polegadas e se encaixa facilmente nas mãos, o que possibilita aparar e descascar vegetais e frutas e picar alimentos sem o apoio de uma tábua. Ela também possibilita trabalhos que exijam mais precisão, como limpar um camarão, tirar sementes do pimentão e cortar enfeites para o prato.

 

Faca de Legumes ou Faca de Ofício. http://www.tramontina.com.br

Faca para Tornear:

Faca para Tornear. Fonte: http://www.tramontina.com.br

Faca com lâmina de 3 polegadas, lisa, fina, curta e é curvada. Ela é ideal para esculpir e tornear frutas, verduras e legumes, garantindo conforto e praticidade.

Faca para Desossar ou Filetar:

Possui uma lâmina curva, ponta fina, firme e pontiaguda que serve para alcançar lugares difíceis. A faca para desossar possui 6 polegadas e é ideal para separar a carne dos ossos, cortar peixe e frango, retirar a pele dos peixes e realizar cortes de filés, fornecendo intensidade, firmeza e precisão nos cortes.

Faca para Desossar ou Filetar. Fonte: http://www.tramontina.com.br

Dica importante para a conservação: não corte ossos ou alimentos congelados, isso irá danificar o fio da faca.

Cutelo:

O cutelo é utilizado para cortes de carnes, aves, peixes, cartilagens e ossos, que são os mais pesados. Têm o tamanho de 6 polegadas, angulação de 90º, afiação de 45º de cada lado da lâmina e pode ser utilizado par cortar tanto por atrito quanto por impacto.

Faca para Pão:

Faca serrilhada, com fio ondulado, evita que se amasse o produto ao ser cortado. É ideal para serrar pães, bolos e frios (peça inteira). É também chamada de “faca de serra” possuindo o tamanho de 8 a 10 polegadas.

Faca para Pão. Fonte: http://www.tramontina.com.br

Faca para Tomate:

Faca para Tomate. Fonte: http://www.tramontina.com.br

É uma faca muito prática e por possuir o fio da lâmina micro serrilhado, os cortes são realizados sem amassar o alimento. Tem o tamanho de 5 polegadas.

Faca para Queijos:

É ideal para cortar e fatiar queijos moles e semiduros. Por conta dos furos na lâmina desta faca, as fatias de queijo não ficam grudadas nela. Seu tamanho é de 6 polegadas.

Faca para Queijos. Fonte: http://www.tramontina.com.br

Faca para Ostra:

Faca para Ostra. Fonte: http://www.tramontina.com.br

A lâmina é curta e bastante resistente. Serve para abrir conchas e nozes.

Faca para Sashimi:

Com 13 polegadas, a lâmina longa e fina é chanfrada apenas em um dos lados para ser afiada e possui fio liso.

Faca para Sashimi. http://www.tramontina.com.br

[1] https://www.tramontina.com.br/dicas-fazer-bonito/conheca-os-diferentes-tipos-de-facas-tramontina

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CAPA: Imagem de Pexels por Pixabay


REFERÊNCIAS:

DICAS PARA FAZER BONITO. Blog Tramontina. Disponível em: https://www.tramontina.com.br/dicas-fazer-bonito/conheca-os-diferentes-tipos-de-facas-tramontina Acesso em: 12/08/2021, 15h.

Chef Profissional/ Instituto Americano de Culinária; tradução de Renata Lucia Bottini e Márcia Leme –9ª ed. – São Paulo, SP: Editora SENAC, 2017, 3270 páginas.