O chá de cebolinha é uma infusão aromática conhecida por seus benefícios funcionais. A cebolinha contém antioxidantes naturais, vitaminas e compostos sulfurados que fortalecem a imunidade, auxiliam na saúde óssea, contribuem para a regulação do sono e reduzem o risco de doenças cardíacas. Também possui propriedades antimicrobianas e ação protetora para a visão.
Observação: Não há quantidade máxima definida para o consumo diário, porém, o chá não é recomendado para gestantes, lactantes, crianças menores de 12 anos e pessoas alérgicas à cebola.
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Chá de Cebolinha
Categoria: Bebidas, Café da manhã, lanches
Especificação: Bebida quente, não alcoólica, infusão, ervas aromáticas, vegana, vegetariana, sem lactose, sem glúten
Tempo de Preparo: 10 minutos
Rendimento: 3 porções
Dificuldade: Fácil
Imagem Adriana Tenchini
Ingredientes:
3 xícaras (chá) de água
1 xícara (chá) de cebolinha picada
Modo de Preparo:
Aqueça a água até levantar fervura. Desligue o fogo e acrescente a cebolinha. Abafe e deixe em infusão por 10 minutos. Coe e consuma em seguida.
Toques Finais e Sugestões:
1. Como consumir: O chá pode ser apreciado quente, morno ou frio. Ideal para manhãs ou noites em que se busca algo leve e funcional.
2. Variações: Pode ser combinado com hortelã ou gengibre para intensificar o aroma e os benefícios.
3. Curiosidade: A cebolinha, utilizada há milênios na Ásia e Europa, sempre foi associada a propriedades medicinales, especialmente na proteção contra infecções.
Quer saber quais são os benefícios nutricionais da Cebolinha? Acesse.
Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma,A Autora,A Terapeuta,A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na página “Conceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com as “Receitas” postadas. Todas as receitas foram previamente testadas.
A salsinha é uma erva aromática amplamente utilizada desde a Antiguidade tanto na culinária quanto na medicina tradicional. Na forma de chá, suas folhas liberam compostos bioativos como flavonoides e antioxidantes, que historicamente são associados ao fortalecimento do sistema imunológico e ao apoio ao funcionamento dos rins e do trato urinário. É uma infusão simples, leve e aromática, tradicionalmente consumida para auxiliar na retenção de líquidos, na digestão e no bem-estar geral.
Importante: Consuma no máximo 3 xícaras ao dia. O chá de salsinha é contraindicado para gestantes.
Chá de Salsinha
Categoria: Bebidas, café da manhã, lanches
Especificação: Bebida quente, não alcoólica, infusão, ervas aromáticas, vegana, vegetariana, sem lactose, sem glúten
Tempo de Preparo: 10 minutos
Rendimento: Uma porção
Dificuldade: Fácil
Imagem Adriana Tenchini
Ingredientes:
3 colheres (sopa) de salsinha fresca
1 xícara de água
Modo de Preparo:
Aqueça a água até levantar fervura. Desligue o fogo, acrescente a salsinha e tampe a panela. Deixe em infusão por 10 minutos. Coe e consuma morno.
Toques Finais e Sugestões:
1. Dicas de Consumo:
A infusão fica mais aromática quando preparada com salsinha fresca.
Pode ser consumida pura ou acrescida de algumas gotas de limão.
Ideal para o período da manhã ou fim do dia, ajudando na hidratação e no bem-estar digestivo.
2. Observação importante sobre interações: Pessoas que fazem uso contínuo de anticoagulantes, diuréticos, medicações para hipertensão ou que tenham histórico de doença renal crônica devem evitar o consumo frequente do chá de salsinha sem orientação de um profissional de saúde. A erva possui compostos que podem potencializar o efeito diurético ou interferir na coagulação sanguínea. Em caso de dúvida, consulte um nutricionista ou médico antes de incluir o chá na rotina.
3. Curiosidade: Na Europa medieval, a salsinha era valorizada como erva medicinal e cultivada em hortos monásticos, sendo utilizada em infusões e remédios naturais.
Quer saber quais são os benefícios nutricionais da Salsinha?Acesse.
Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora,A Terapeuta,A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na página “Conceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com as “Receitas” postadas. Todas as receitas foram previamente testadas.
Sinônimo: Salsinha, salsa, salsa de cheiro, salsa das hortas
Origem: Nativa da região mediterrânea central (sul da Itália, Argélia e Tunísia), naturalizada em toda a Europa.
Salsa lisa. Fonte: Imagem de baakk por Pixabay
Características: é uma planta herbácea, condimentar e medicinal. Erva anual ou bienal, ereta, aromática, medindo de 15 a 90 cm de altura. Raiz carnosa e bem desenvolvida. Forma touceiras, com longos ramos e folhas brilhantes, planas, divididas em folíolos também repartidos. Ao final de um ou dois anos, a salsinha emite inflorescências altas com numerosas flores amarelas e esverdeadas. Depois forma sementes ovoides de cor parda e após a planta morre.
Uso Medicinal: é considerada diurética, emenagoga[1], sedativa[2] e antiparasitária.
Usona Gastronomia: De sabor agradável e aroma suave, a salsinha complementa as mais variadas receitas, agindo como um realçador de sabor. Uma das ervas mais utilizadas na cozinha, no Brasil e no mundo. Na culinária francesa, a salsinha compõe o bouquet garni[3], sendo utilizada somente os talos, junto com alho poró, salsão, tomilho e louro, todos amarrados com barbante. Talos de salsinha fazem parte também do Sachet d’epices[4], juntamente com grãos de pimenta do reino, tomilho e louro enrolados em uma gaze. Ainda é utilizada no tempero Ervas finas francesas[5] misturada com estragão, cerefólio e cebolinha francesa. No Brasil, a salsinha juntamente com a cebolinha faz parte do cheiro verde. A salsinha é utilizada em quase todos as preparações. Pode ainda ser consumida em sucos e vitaminas.
Tipos: Existem diferentes espécies de salsinha que apresentam variações em tamanho, formato das folhas e gosto. Relacionarei apenas três:
Salsa Lisa: é a mais comum nas cozinhas brasileiras. Ela tem este nome devido às folhas planas que possui. O gosto da erva é mais intenso e o talo do vegetal também faz parte da composição das receitas. Para dar mais sabor aos pratos. Pode utilizá-la para fortalecer a textura e o sabor no preparo de caldos e sopas, e até mesmo na confecção de saladas com alface e outros tipos de hortaliças.
Salsa lisa. Fonte: Imagem de baakk por Pixabay
Salsa Crespa.Fonte: Imagem de tegrafik por Pixabay
Salsa Crespa: apresenta um gosto mais suave que combina muito bem com massas. Pode ser usada para temperar molhos, como pesto e bolonhesa e ainda é indicada para decoração dos pratos.
Salsa Graúda Portuguesa: suas folhas são grandes e largas. Tem um sabor encorpado, ideal para acompanhar carnes vermelhas, principalmente quando preparadas ao vinho. Pode-se acrescentar a salsa graúda durante o preparo de molhos para as proteínas e utilizá-la com decoração ao final da receita. Para pratos vegetarianos e veganos, a salsa graúda é uma ótima opção para o tempero de proteínas de soja.
Salsa Graúda Portuguesa. Imagem de Gulzer Hossain por Pixabay
Armazenamento: pode ser conservada em geladeira por até uma semana, para isso, deve lavá-la bem e mantê-la em um pote fechado. Para congelar, lave, seque bem e leve ao congelador em um pote com tampa ou em um saquinho plástico próprio para congelamento. Dessa forma, durará até 4 meses e pode ser usada aos poucos.
Curiosidades: é usada para proteger contra energias negativas e olho-gordo.
Benefícios nutricionais e/ou medicinais:
1. Fortalece o sistema imunológico: por ser rica em vitamina C, zinco, vitamina A, ácido fólico (vitamina B9) e antioxidantes[6], em especial o flavonoide[7] luteolina[8], atua como anti-inflamatório e ajuda a aumentar as defesas do organismo, fortalecendo o sistema imunológico.
2. Auxilia na saúde do sistema nervoso: por ser rica em ácido fólico, a salsinha auxilia no funcionamento dos neurônios, no tratamento de depressão e de outros problemas emocionais. Além de evitar a fadiga e o estresse.
3. Combate a retenção de líquido: com alto teor de água na composição, ajuda a reduzir inchaço pelo corpo, pois combate a retenção de líquidos. A salsinha é um alimento diurético.
4. Ajuda a controlar a diabetes: por ser diurético, a salsinha auxilia na redução da glicose do sangue. Devido a presença de flavonoides também ajuda a prevenir o surgimento da diabetes.
5. Melhora a digestão: por ser rica em fibras e nutrientes, a salsinha melhora o sistema digestório, ajudando a prevenir cólicas e flatulências.
6. Promove a saúde da visão: a vitamina A presente na salsinha ajuda a prevenir doenças relacionadas à visão.
7. Fortalece os ossos: A vitamina K presente na salsinha ajuda a evitar excesso de perda óssea, deixando os ossos mais fortes e resistentes. Também ativa algumas proteínas que aumentam a densidade óssea e estimula a fixação do cálcio nos ossos e nos dentes, prevenindo a osteoporose.
8. Previne a anemia: por ter alto teor de ferro e de ácido fólico, ajuda a prevenir a anemia.
9. Previne doenças cardíacas: o ácido fólico presente na salsinha evita a formação de placas, ajudando a manter a saúde dos vasos sanguíneos e prevenindo doenças do coração.
10. Cuida da saúde da pele: a salsinha contém vitamina A que possui ação antioxidante prevenindo o envelhecimento precoce. Contém ainda vitamina C que promove a formação de colágeno no organismo. Além disso, o ácido fólico presente na salsinha fortalece a pele, os cabelos e as unhas.
Tabela Nutricional da Salsinha:
Porção de 100 gramas
NUTRIENTE
QUANT.
UNID.
Calorias (valor energético)
36
kcal
Água
87,71
g
Proteína
2,97
g
Carboidratos
6,33
g
Gorduras Totais
0,79
g
Cálcio
138
mg
Ferro
6,2
mg
Magnésio
50
mg
Fósforo
58
mg
Potássio
554
mg
Sódio
56
mg
Zinco
1,07
mg
Vitamina A, Retinol
421
µg
Vitamina B1, Tiamina
0,086
mg
Vitamina B2, Riboflavina
0,098
mg
Vitamina B3, Niacina
1,313
mg
Vitamina B6, Piridoxina
0,09
mg
Vitamina B9, Ácido Fólico
152
µg
Vitamina B12, Cianocobalamina
0
µg
Vitamina C, ácido ascórbico
133
mg
Vitamina D
0
mg
Vitamina K
1640
µg
Gorduras saturadas
0,132
g
Gorduras monoinsaturadas
0,295
g
Gorduras poli-insaturadas
0,124
g
Colesterol
0
g
Fonte: TABELA DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS. São Paulo: Departamento de Informática em Saúde, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: https://tabnut.dis.epm.br/Alimento
Chá de Salsinha
O Chá pode ser utilizado para aumentar a imunidade, combater a infecção urinária, as pedras nos rins, controlar a hipertensão e a retenção de líquidos.
Suco Detox de Salsinha, Cenoura e Couve
O suco é rico em antioxidantes que ajudam a manter a pele jovem e saudável, aumenta a imunidade, combate a retenção de líquidos, ajudando em dietas para emagrecer.
[1]Emenagogo – Medicamento ou substância que aumenta o fluxo menstrual; o que é indicado para provocar menstruação. Plantas emenagogas: Diz-se das plantas abortivas cujas propriedades podem causar hemorragias e, consequentemente, levam à interrupção de uma gravidez.
[2] Sedativo – é o nome que se dá aos medicamentos que são capazes de reduzir a ansiedade e exercer um efeito calmante, com pouco ou nenhum efeito sobre as funções motoras ou mentais. O termo sedativo é sinônimo de calmante ou sedante.
[3] Bouquet Garni – É um aromático clássico na cozinha francesa composto de talo de salsão, folha de louro, salsinha e tomilho embrulhado em folha de alho poró. É retirado no final do cozimento.
[4] Sachet d’epices – É um aromático clássico na cozinha francesa e é traduzido como “saco de especiarias”. Um sachê padrão contém talos de salsinha, grãos de pimenta do reino preta amassados, tomilho e uma folha de louro enrolados em um pacote pequeno de gaze. É retirado no final do cozimento.
[5]Ervas finas francesas – constituído por ervas consideradas nobres e muito utilizadas na culinária europeia, sendo composta por cebolinha francesa, estragão, cerefólio e salsa.
[6]Antioxidantes – São substâncias que podem impedir ou retardar os danos às células causados pelos radicais livres. Os radicais livres são moléculas instáveis produzidas pelo organismo humano por causa de alguns alimentos ingeridos ou pela queima de oxigênio ao respirarmos. Em níveis normais, os radicais livres não são prejudiciais à saúde, porém, em excesso podem ser tóxicos para o corpo, prejudicando o funcionamento celular e desenvolvendo doenças.
[7] Flavonoides – São moléculas que protegem as plantas e são responsáveis pela sua coloração. Elas também apresentam atividades farmacológicas importantes para o nosso organismo, tais como: antioxidante, anti-inflamatória, hormonal, antitumoral e antiviral.
[8] Luteolina – é um flavonoide com alta atividade antioxidante.
Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma, A Autora,A Terapeuta,A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na página “Conceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com as “Receitas” postadas. Todas as receitas foram previamente testadas.
TABELA DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS. São Paulo: Departamento de Informática em Saúde, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: https://tabnut.dis.epm.br/Alimento
São utilizados para melhorar o sabor dos alimentos e preservar as suas propriedades, impedindo a proliferação de bactérias devido à sua capacidade de retirar a água que está ao redor. Deve-se ter cuidado durante a cocção porque os líquidos ao reduzir, aumentam a concentração de sal. É usado mundialmente em quase todos os pratos e sua exata dosagem define um resultado positivo ou não. É encontrado em várias formas: refinado, marinho, grosso e em pedras. O sal marinho é o mais indicado para a culinária, pois proporciona à receita um sabor agradável e pouco ácido.
Sal de Cozinha (NaCl)
É o mais comum e é encontrado em grande quantidade na natureza. É utilizado como conservante e dá sabor aos alimentos. A legislação brasileira exige que se adicione iodo em sua composição.
Sal Grosso
É o sal de cozinha não refinado, usado normalmente para temperar carnes, assados, churrasco e peixes.
Sal Light
Possui teor de sódio reduzido, porque é originado da mistura de cloreto de sódio e de potássio. É utilizado em dietas de restrição de sal.
Sal Marinho
É extraído pela evaporação da água do mar. Tem a forma de cristais e de cores variadas (depende da procedência). É utilizado na cozinha macrobiótica após ser moído.
Sal Marinho. Imagem de Marek por Pixabay.
Flor de Sal
É um ótimo realçador de sabor. Contém menos cloreto de sódio e é feito de cristais ocos que são facilmente dissolvidos. Combina com frutos do mar e deve ser adicionado no final da preparação.
Sal Rosa ou Sal do Himalaia
Sal Rosa. Imagem de Pictavio por Pixabay
É encontrado aos pés da montanha do Himalaia. Possui tom rosado devido à presença de manganês e ferro, porém, o seu sabor não é muito diferente.
Sal Defumado
Tem sabor e aroma peculiares que dão um toque especial nas receitas.
Sal Kosher
É extraído de minas ou do mar sob a supervisão de rabinos. Tem a granulação grossa e irregular. É o preferido por alguns chefs por aderir bem à superfície de carnes.
Gersal
Sal misturado a sementes de gergelim tostadas e moídas. É utilizado na cozinha macrobiótica.
Sal de Aipo
Sal de cozinha misturado com grãos de aipo secos e moídos. Bom para temperar carnes, peixes grelhados e caldos consomês.
Missô
Pasta resultante de um longo processo de fermentação da soja misturada com outros cereais. Pode ser utilizado como substituto do sal em sopas, refogados e leguminosas.
Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma,A Autora,A Terapeuta,A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na página “Conceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com as “Receitas” postadas. Todas as receitas foram previamente testadas.
SALGADOS, SALINOS: Imagem de OREANA TOMASSINI por Pixabay
REFERÊNCIAS:
GISSLEN, Wayne.[tradução: Lorecy Scavarazzini, Maria Augusta R. Tedesco e Marlene Deboni]. Culinária Profissional. 6ª Ed. Barueri, SP: Editora Manole, 2012.
WRIGHT, Jeni; TREUILLE, Eric. [tradução: Eleonora Bottmann e Vera Caputo. Técnicas Culinárias. Le Cordon Bleu. 2ª Ed. São Paulo, SP. Editora Marco Zero.
FARHÁ, Léo; SPIESS, Jean Carlos. Preparo prévio dos alimentos. Módulo 2014.1. Edição Revista e Ampliada. Apostila do curso de Gastronomia do Centro Universitário Estácio da Bahia, 2014, 60 páginas.
O ceviche é um dos pratos mais emblemáticos da culinária peruana e um verdadeiro símbolo da gastronomia latino-americana. Sua base consiste em peixe cru fresco, marinado em suco cítrico, tradicionalmente de limão, e temperado com cebola, pimentas e ervas frescas. Embora pareça uma receita moderna, o ceviche tem raízes que remontam a milhares de anos, refletindo a rica história e diversidade cultural do Peru.
Estudos arqueológicos indicam que povos costeiros pré-incaicos, como os Mochica e Chimú, já consumiam peixe cru temperado com frutas ácidas e especiarias locais há mais de 2.000 anos. Durante o Império Inca (séculos XIII a XVI), o consumo de peixe fresco cru continuou sendo comum nas regiões litorâneas, embora a marinada com limão, ingrediente introduzido pelos espanhóis, só tenha surgido com a colonização. Esse encontro entre tradições ancestrais e novos ingredientes europeus resultaram em um prato que rapidamente se tornou parte da identidade cultural do país.
O ceviche combina simplicidade e sofisticação: enquanto sua preparação exige poucos ingredientes, cada detalhe, o frescor do peixe, o equilíbrio ácido do limão, o toque picante da pimenta e o aroma do coentro, faz toda a diferença. No Peru, ele é servido em pequenas porções como entrada ou em pratos maiores como refeição leve, geralmente acompanhado de milho cozido (choclo) e batata-doce, respeitando tradições que atravessam séculos.
Em 2004, o ceviche foi reconhecido oficialmente como Patrimônio Cultural da Nação Peruana, consolidando seu valor não apenas gastronômico, mas também histórico e social. Hoje, ele é apreciado internacionalmente, adaptado a diferentes estilos culinários, mas sempre preservando sua essência: frescor, sabor e história.
Especificação: Cozinha Internacional (Peru), Peixes e Frutos do Mar, Marinada a frio
Tempo de Preparo: 30 minutos
Rendimento: 6 porções
Dificuldade: Fácil
Ceviche. Imagem Adriana Tenchini.
Ingredientes:
1 kg de peixe branco (tilápia, robalo, linguado ou corvina), cortado em cubos
10 limões Taiti, suco
2 cebolas roxas médias, cortada em tiras finas
2 pimentas dedo de moça sem sementes, picadinha
2 ramos de coentro, picadinho
Sal, ao gosto
Modo de Preparo:
Coloque o peixe em uma travessa funda e adicione a cebola. Tempere com um punhado de sal, mistura delicadamente. Adicione as pimentas, o suco dos limões e o coentro. Leve à geladeira para marinar por 5 a 10 minutos. Sirva em seguida.
Toques Finais e Sugestões:
1. Dicas de consumo:
O ceviche deve ser preparado e consumido na hora, preservando frescor e textura.
Pode ser preparado com qualquer peixe magro (tilápia, linguado, salmão etc.), camarões, lagosta, polvo. O camarão e a lagosta devem ser salteados previamente, e o polvo cozido.
Entrada: servido em porções individuais ou compartilhadas, ideal para abrir o apetite.
Prato principal leve: em porções maiores, acompanhado de milho, batata-doce ou salada.
Petisco: em mini tigelas, copinhos ou colheres de degustação, perfeito para menus degustação ou eventos.
2. Curiosidades:
Em 2004, o ceviche foi declarado Patrimônio Cultural da Nação Peruana.
O ceviche tem origem em culturas pré-incaicas, como os Mochica e Chimú, que já consumiam peixe cru temperado com frutas ácidas há mais de 2.000 anos.
Durante o Império Inca (séculos XIII a XVI), o consumo de peixe cru fresco era comum nas regiões costeiras.
O prato ganhou forma mais próxima da atual somente após a chegada dos espanhóis, no século XVI, com a introdução do limão e da cebola
Eu sou graduada e pós graduada na área de gastronomia e compilei todos os anos de estudo em apostilas que estou transformando em um livro “Diário da Gastronomia. De Tudo… Um Pouco.” (Para saber mais acesse a página A Gastrônoma,A Autora,A Terapeuta,A Multiface). Através deste site postarei informações importantes que contribuirá para aumentar o conhecimento dos leitores na área de gastronomia A parte teórica pode ser encontrada na página “Conceitos e Teorias“. Quanto à prática, os leitores podem ir treinando com as “Receitas” postadas. Todas as receitas foram previamente testadas.